“Estado gasta mais em buscas”
PREVENÇÃO Alexandre Tadeia alerta que é preciso inverter os papéis
“Temos de inverter os papéis e investir na prevenção. Sempre que morre alguém afogado numa praia, o Estado - que gastou zero na segurança daquela praia, porque quem paga os nadadores-salvadores são os concessionários - mete lá um helicóptero, uma corveta da Marinha, pessoas em terra, pessoas no mar e gasta ali mais de 100 mil euros na busca de um cadáver. Acontece todos os anos, em média, entre 100 e 120 vezes. Não estou a dizer que não se deve fazer isto, mas temos de inverter os papéis e investir na prevenção.” Para Alexandre Tadeia, a melhor prevenção é mesmo a educação e, enquanto a escola não dá essa formação, resta a Justiça.
“Isto pode mudar no dia em que os portugueses perceberem que podem processar o Estado por alguns afogamentos e este começar a pagar indemnizações.” A este propósito, Alexandre Tadeia recorda uma decisão judicial recente que obriga a Cimpor a indemnizar os pais de um jovem, de 21 anos, que morreu numa piscina, em Alhandra, em 2017.n