Portugueses querem máscara obrigatória
CONCLUSÃO Maioria considera que Governo deve impor uso de proteção na maior parte dos locais INQUIRIDOS Opinião divide-se sobre a gestão e divulgação da subida de casos nas últimas semanas
Amaioria dos portugueses entende que o uso de máscara deveria continuar a ser obrigatório na maior parte dos locais, de acordo com a sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã. A máscara deixou de ser obrigatória em espaços fechados a 22 de abril, mantendo-se num número reduzido de situações, como os transportes públicos. Uma medida precipitada, ainda que as opiniões entre os que defendem o seu uso e aqueles que se opõem sejam bastante próximas (50,1 % quer máscaras e 45,7 % estão contra). Divisão perfeita existe quando os portugueses são questionados, nesta sondagem, se o Governo e a Direção-Geral da Saúde (DGS) têm gerido e informado bem sobre o aumento de casos de Covid-19 que se verificou nas últimas semanas: 47% para cada lado, apenas três décimas a mais para o lado do ‘não’.
Ainda que muito criticada a forma como Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, tem conduzido o processo desde o início da pandemia, a sua eventual substituição está longe de reunir consenso. Na sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã, a maioria dos inquiridos defende que Graça Freitas deve manter-se no cargo, mas a diferença de opiniões é mínima: 44% dos portugueses continuam ao seu lado, enquanto 41,7% entendem que chegou a hora da sua substituição.
Mais de dois anos após a deteção do primeiro caso de Covid-19 em Portugal e de inúmeros avanços e recuos para travar a pandemia, das máscaras à vacinação, passando pelos confinamentos, que paralisaram o País durante longos períodos, as medidas continuam a estar longe de serem consensuais.n
SUBSTITUIÇÃO DE GRAÇA FREITAS À FRENTE DA DGS NÃO REÚNE CONSENSO