Correio da Manhã Weekend

FILIPE CÂNDIDO “NACIONAL É UM DESAFIO QUE ORGULHA”

SÁBADO FUTURO  Treinador de 42 anos prepara-se para um novo desafio na carreira CANDIDATUR­A  Formação madeirense não assume o discurso do regresso à Liga principal. Mas a ambição do técnico está lá

- PAULO JORGE DUARTE TEXTO 18 JUNHO 2022

Mais Sport - O Nacional é uma nova etapa na carreira. Pronto para o desafio?

Filipe Cândido - Sim, completame­nte. No futebol, temos de estar sempre prontos e agora mais ainda. O Nacional tem uma história longa, mas a mais recente tem de deixar orgulhoso qualquer profission­al que possa exercer a sua função num clube com esta dimensão.

- É uma fonte de motivação extra?

- Estou com muita vontade que comece a época para poder fazer aquilo que mais gosto e ao mesmo tempo também dizer que a responsabi­lidade existe. Mas é por isso que andamos nesta modalidade. Estou pronto, preparado e

PERFIL

FILIPE MANUEL NUNES CÂNDIDO nasceu em Lisboa, a 28 de setembro de 1979 (42 anos). Iniciou a carreira de treinador no Sousense, em 13/14. Chegou à União de Leiria, em 18/19, e, em 2020/21, estreou-se na II Liga, com o Mafra. Em 2021/22, liderou a Belenenses SAD na Liga principal. Na próxima época vai orientar

o Nacional (II Liga).

nconscient­e da responsabi­lidade que é treinar um clube como o Nacional. Será um desafio que me deixa orgulhoso.

- Os objetivos são ambiciosos?

- Os objetivos, este ano, como foi dito já pelo nosso presidente, passam pela manutenção, tendo em conta aquilo que é o investimen­to para a época. Pelo menos no que diz respeito ao Nacional dentro da II Liga. No entanto, a nossa ambição não pode ser alterada no que diz respeito a querer vencer todos os jogos. No que diz respeito às minhas intenções, será muito semelhante ao que tenho feito ao longo dos anos, procurar que a equipa seja competitiv­a e humilde para tentar vencer os jogos.

- Preparado para encontrar uma II Liga cada vez mais competitiv­a?

- A II liga sempre foi um campeonato em que o último pode muito facilmente ganhar ao primeiro. Onde existe um equilíbrio competitiv­o extremo. Na realidade um campeonato muito difícil, mas que diz bem da qualidade dos treinadore­s portuguese­s, porque conseguem, muitas vezes, fazer equipas competitiv­as, que jogam com qualidade, potenciand­o uma série de jogadores

- A história recente confirma esse facto?

- Nos últimos dois anos, a equipa que vem da II Liga consegue, no confronto com a equipa da I Liga, ser superior nos dois jogos. Isso diz bem da qualidade que existe na II Liga. Se calhar, não é assim tão diferente a qualidade das equipas da I e da II ligas.

- É prematuro falar dos adversário­s?

- Por norma, há sempre entre sete e nove equipas que se perfilam no início com o objetivo de subir. No entanto, depois, a prova diz-nos que não é tanto assim. Há duas ou três que, se calhar, fazem boas escolhas. Se repararmos, percebemos que as equipas com mais estabilida­de a nível de plantel e de treinador, acabaram por ter mais sucesso.n

“NA II LIGA O ÚLTIMO PODE MUITO FACILMENTE

GANHAR AO PRIMEIRO”

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