FILIPE CÂNDIDO “NACIONAL É UM DESAFIO QUE ORGULHA”
SÁBADO FUTURO Treinador de 42 anos prepara-se para um novo desafio na carreira CANDIDATURA Formação madeirense não assume o discurso do regresso à Liga principal. Mas a ambição do técnico está lá
Mais Sport - O Nacional é uma nova etapa na carreira. Pronto para o desafio?
Filipe Cândido - Sim, completamente. No futebol, temos de estar sempre prontos e agora mais ainda. O Nacional tem uma história longa, mas a mais recente tem de deixar orgulhoso qualquer profissional que possa exercer a sua função num clube com esta dimensão.
- É uma fonte de motivação extra?
- Estou com muita vontade que comece a época para poder fazer aquilo que mais gosto e ao mesmo tempo também dizer que a responsabilidade existe. Mas é por isso que andamos nesta modalidade. Estou pronto, preparado e
PERFIL
FILIPE MANUEL NUNES CÂNDIDO nasceu em Lisboa, a 28 de setembro de 1979 (42 anos). Iniciou a carreira de treinador no Sousense, em 13/14. Chegou à União de Leiria, em 18/19, e, em 2020/21, estreou-se na II Liga, com o Mafra. Em 2021/22, liderou a Belenenses SAD na Liga principal. Na próxima época vai orientar
o Nacional (II Liga).
nconsciente da responsabilidade que é treinar um clube como o Nacional. Será um desafio que me deixa orgulhoso.
- Os objetivos são ambiciosos?
- Os objetivos, este ano, como foi dito já pelo nosso presidente, passam pela manutenção, tendo em conta aquilo que é o investimento para a época. Pelo menos no que diz respeito ao Nacional dentro da II Liga. No entanto, a nossa ambição não pode ser alterada no que diz respeito a querer vencer todos os jogos. No que diz respeito às minhas intenções, será muito semelhante ao que tenho feito ao longo dos anos, procurar que a equipa seja competitiva e humilde para tentar vencer os jogos.
- Preparado para encontrar uma II Liga cada vez mais competitiva?
- A II liga sempre foi um campeonato em que o último pode muito facilmente ganhar ao primeiro. Onde existe um equilíbrio competitivo extremo. Na realidade um campeonato muito difícil, mas que diz bem da qualidade dos treinadores portugueses, porque conseguem, muitas vezes, fazer equipas competitivas, que jogam com qualidade, potenciando uma série de jogadores
- A história recente confirma esse facto?
- Nos últimos dois anos, a equipa que vem da II Liga consegue, no confronto com a equipa da I Liga, ser superior nos dois jogos. Isso diz bem da qualidade que existe na II Liga. Se calhar, não é assim tão diferente a qualidade das equipas da I e da II ligas.
- É prematuro falar dos adversários?
- Por norma, há sempre entre sete e nove equipas que se perfilam no início com o objetivo de subir. No entanto, depois, a prova diz-nos que não é tanto assim. Há duas ou três que, se calhar, fazem boas escolhas. Se repararmos, percebemos que as equipas com mais estabilidade a nível de plantel e de treinador, acabaram por ter mais sucesso.n
“NA II LIGA O ÚLTIMO PODE MUITO FACILMENTE
GANHAR AO PRIMEIRO”