Vendas podem ajudar a equilibrar a Liga
Numa época em que o Benfica voltará certamente a liderar no investimento, ainda que desta feita escudado na fantástica venda que Jorge Mendes fez com Darwin, a Liga portuguesa poderá conhecer nova relação de forças nos três grandes. É que se Roger Schmidt chega fresco e cheio de ideias para um plantel ainda em construção, a suposta vantagem de Conceição e Amorim pode estar a esvair-se a cada dia que passa. Sérgio já está aos pulos e Rúben não estará demasiado contente. As perdas de Fábio Vieira e Vitinha no dragão e Palhinha e Matheus Nunes em Alvalade abalam o futebol de cada uma das equipas. É certo que chegarão caras novas para os respetivos lugares, mas nada será igual. Até pode melhorar, afinal o mundo é composto de mudança, mas não garantindo (longe disso) que assim seja. Dificilmente FC Porto e Sporting encontrarão soluções melhores logo na primeira época para a saída de jogadores que a Europa se habituou a respeitar e desejar, como são o caso destes médios. E se um dos grandes calcanhares de Aquiles do Benfica na época passada foi o meio-campo, onde, desde o desastre Taarabt até ao eclipse de João Mário, tudo aconteceu, quem sabe Roger Schmidt possa encontrar uma fórmula de combater rivais enfraquecidos num setor nevrálgico em qualquer equipa. No futebol nada é certo. Mas Sérgio e Rúben sabem que o dinheiro que entra vai sanear dívidas e na Luz a tendência será de investimento. E nenhum treinador, por solidário que seja, gosta de ficar para trás.n
ENFRAQUECIMENTO DO MEIO CAMPO DE DRAGÕES E LEÕES MEXE COM O JOGO