A gestão segundo Fernando Santos
Aépoca futebolística terminou com uma derrota da seleção nacional e várias interrogações sobre o tema. Desde logo, em torno de Cristiano Ronaldo, que partiu de férias mais cedo. Uma situação pouco consensual no balneário e que deixou Fernando Santos desconfortável para falar sobre assunto. Como sempre acontece, aliás, quando é preciso explicar alguma coisa sobre CR7 no contexto da equipa nacional. Titubeante, o selecionador lá disse (como se fosse um frete ter de dizer aos portugueses por que razão é dispensado da seleção “o melhor jogador do mundo”, terminologia de referência do próprio) não se ter tratado de qualquer questão física, mas apenas de gestão. Gestão, eis então a palavra mágica onde tudo
COMO EXPLICAR A GESTÃO FEITA
NO EIXO DA DEFESA?
cabe. Como explicar então a gestão feita no eixo da defesa, onde Pepe e Danilo jogaram todos os segundos dos quatros jogos desta série da Liga das Nações? Logo naquele que será, porventura, o setor da equipa que mais precisa de testar novas soluções para o futuro. Pepe tem 39 anos, Danilo é central adaptado, mas não houve espaço, dentro da propalada gestão, para dar minutos a outros jogadores? Não era esse, também, o objetivo destes jogos, onde além das opções iniciais houve 20 substituições disponíveis? Vamos chegar ao Mundial, em princípio já com Rúben Dias recomposto, mas sem alternativas ensaiadas. E se a questão então tiver de ser colocada, está desde já criado o álibi perfeito: os ‘outros’ não têm rotinas. Pois. Ou isso ou fala-se de gestão. E fica o caso resolvido.n