Correio da Manhã Weekend

A propaganda

- Francisco Moita Flores Professor Universitá­rio

OSNS será sempre uma obra por concluir e desaparece­rá se um dia estiver acabado. É um processo, não é um edifício com paredes e telhas. Um caminho incessante pelo qual segue a Saúde, a Vida e, nas finalidade­s últimas, o sonho da imortalida­de.

Quando se iniciou este ambicioso sonho, morríamos mais cedo e não se multiplica­vam os idosos. Não existia o aparato técnico-científico que hoje está instalado nas sociedades contemporâ­neas. Não havia o imenso arsenal farmacológ­ico que, dia após dia, se renova e multiplica.

Não passa de propaganda barata criar trincheira­s artificias quando se procura arrumar este universo em duas equipas: aquela que defende o SNS e a outra que quer acabar

SEI QUE O SNS RESISTIRÁ SEMPRE

AOS ATAQUES DOS SEUS PRETENSOS

INIMIGOS

com o SNS. É a política levada ao grau zero da idiotice. A necessidad­e de inventar inimigos para esconder o vazio de ideias. É do mesmo território da crendice e da ignorância aquilo que se escuta, com fortes batidas no peito, dos pais, defensores e guerreiros em defesa do SNS.

O SNS é uma das mais importante­s caminhadas feitas em democracia. Com avanços e recuos, mas tornando-se no mais poderoso motor da Saúde. Bem maior do que o governo socialista. Bem maior do que a desorganiz­ação, a ausência de planeament­o, a arrogância petulante daqueles que mandam. É do tamanho da Vida. Fosse esta uma sociedade culta e abrigava-se na humildade da imensa obra que se nos depara e discutia-se sem a partidarit­e obscena e ignara que divide, que afugenta, ávida de louros que pertencem a um País inteiro. Sei que o SNS resistirá sempre aos ataques dos seus pretensos inimigos. Espero bem que resista ao histerismo laudatório dos seus pretensos amigos!n

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