Marcelo tem razão
NOTA EDITORIAL
São perfeitamente justificados os avisos e alertas do Presidente da República ao Orçamento do Estado. Marcelo promulgou-o, porque é melhor um Orçamento desfasado da realidade (e das necessidades) do que não haver Orçamento algum. Todos sairiam a perder.
A guerra que se trava na Ucrânia trouxe incerteza ao futuro e mesmo que as armas se calem no curto prazo, o que é pouco provável, o Mundo saído deste conflito será diferente. Por outro lado, as reformas estruturais e a modernização administrativa conhecem “um compasso de espera”, mais um, como lamenta Marcelo Rebelo de Sousa.
ESTE ORÇAMENTO TEM DEMASIADOS COMPASSOS DE ESPERA
Mas o mais preocupante é o estado de espírito do Governo: a equipa de António Costa parece cansada, triste, apesar de o executivo ter tomado posse há poucos meses. A ministra da Saúde é o melhor exemplo, mas há outros, na Administração Interna, na Defesa, ou na Justiça. Há uma linha de continuidade, um certo ramerrame, em que eram necessárias ruturas.
O Orçamento do Estado é importante para pôr as coisas a funcionar, mas é mais importante o rumo que se lhes pretende dar. A diferença entre gerir e fazer acontecer.n