Deixam trabalho para apoiar bebé
DESESPERO Filha de 15 meses com tumor no cérebro já foi operada seis vezes DECISÃO Pais querem estar o máximo de tempo com a criança
A FIBRILHAÇÃO auricular é a alteração mais frequente do ritmo, sendo responsável por um em cada cinco dos acidentes vasculares cerebrais que ocorrem em Portugal. A sua deteção precoce e respetivo controlo são fundamentais para evitar esta e outras complicações. Caracteriza-se por um ritmo cardíaco irregular e muitas vezes rápido, devido a um problema no funcionamento do nodo sinusal e das aurículas. As causas mais frequentes são a hipertensão arterial, o enfarte do miocárdio e a insuficiência cardíaca. A apneia obstrutiva do sono e o hipertiroidismo causam muitas vezes fibrilhação auricular. Para prevenir a fibrilhação auricular, a prática de exercício físico regular, mas sem exageros, uma alimentação saudável, que permita o controlo do peso, não fumar e evitar o excesso de álcool, são regras a cumprir. O tratamento baseia-se no controlo da arritmia e na prevenção dos acidentes vasculares cerebrais pelo emprego de terapêutica anticoagulante.n
Carlos Salsas, natural de Murçós, Macedo de Cavaleiros vive desde março, em conjunto com a mulher, o maior pesadelo da vida de qualquer pai: a pequena Camilla, de 15 meses, luta contra um tumor raro e agressivo no cérebro. Cerca de 11% das crianças com este diagnóstico vivem apenas mais nove meses.
O comportamento de Camilla fez os pais, ambos enfermeiros, deslocarem-se ao hospital. Depois de uma ressonância magnética, foi possível confirmar o pior cenário, tendo sido submetida a uma cirurgia para remover o máximo possível do tumor. “Foi o pior dia da nossa vida”, conta Carlos Salsas, emigrado em Inglaterra desde 2015, visivelmente emocionado.
No dia seguinte, e com novos exames, a equipa médica constatou que não tinha sido removida parte suficiente do tumor, o que levou a que a menina fosse submetida a uma segunda operação. “Em apenas quatro semanas, o cancro voltou a crescer, e a Camilla teve de ir novamente para o bloco operatório”, explicou o pai ao CM.
Devido à sua tenra idade, não é possível fazer radioterapia. Ainda assim, há poucos dias iniciou sessões de quimioterapia. “Acreditamos em Deus e temos rezado muito, vamos lutar até não haver mais nada a fazer”, garante o pai.
Camilla já foi submetida a uma sexta cirurgia. Com a vida em sobressalto, os pais deixaram de trabalhar para apoiar a menina e “passar com ela o máximo de tempo possível”. Com a iniciativa de vários colegas e amigos, decorre na internet uma petição pública para ajudar a família a suportar as despesas mensais.n