Portugueses pedem mais à UE para encontrar a paz

DECEÇÃO  Estados-membros não estão a fazer tudo para levar a paz à Ucrânia, revela a sondagem da Intercampus para o CM

AUnião Europa não está a fazer tudo o que está ao seu alcance para levar a paz à Ucrânia, segundo uma sondagem da Intercampus para o CM. São mais de 61% os inquiridos que gostariam de ver uma atitude mais afirmativa dos Estados-membros perante a invasão russa, no que toca a desenvolver esforços para colocar um ponto final no conflito. Apenas pouco mais de 26% consideram que o clube dos 27 tem feito tudo nesse sentido.

A guerra na Ucrânia começou a 24 de fevereiro. Desde então, a União Europeia já impôs à Rússia seis pacotes de sanções, mas, aparentemente, sem os resultados desejados. No terreno, as tropas de Putin vão consolidando posições, sobretudo na região do Donbass, mas a resistência dos ucraniano tem impedido avanços significativos.

A entrada rápida da Ucrânia na União Europeia é vista por

Zelensky como uma peça fundamental para o desenrolar do conflito, mas, aqui, nem todos os portugueses estão de acordo, registando-se um empate técnico entre os que concordam e os que discordam. A Comissão Europeia, recorde-se, propôs sexta-feira que a Ucrânia tenha estatuto de país candidato à UE, o que não é consensual entre os Estados-membros. Para a aceitação da candidatura da Ucrânia é necessária a aprovação de todos os Estados-membros.

Do que os portugueses não têm dúvidas é de que a guerra está para durar. De acordo com a sondagem da Intercampus para o CM, mais de 52% dos inquiridos acreditam que os combates vão prolongar-se por mais seis meses, uma percentagem que subiu em relação ao mês de maio, em que essa percentagem era de 46,2%.

Intervindo, sexta-feira, no Fórum Económico Internacional, em São Petersburgo, Vladimir

Putin deixou claro que a Rússia vai continuar a guerra até conseguir os seus objetivos que neste momento se centram no controlo do Donbass.

Quanto à entrada da Suécia e Finlândia na Aliança Atlântica, 62,5% dos portugueses entendem que será positivo para a Europa, contra apenas 18,8% que acham o contrário. Tal como a adesão da Ucrânia à UE não reúne consenso no seio dos 27, também o alargamento da NATO àqueles dois países nórdicos conta com vozes contra, nomeadamente da Turquia.n

PORTUGUESES DIVIDIDOS QUANTO À ENTRADA DA UCRÂNIA NA UE

ESMAGADORA MAIORIA APOIA ADESÃO DA SUÉCIA E FINLÂNDIA À NATO