Correio da Manhã Weekend

E as bolas a passarem…

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Se Marcelo fosse guarda-redes, nunca chegaria à seleção. É um desastre no tempo de entrada aos lances decisivos. Cada cruzamento daria um frango.

Há exatamente cinco anos, Marcelo foi célere a chegar ao cenário da primeira tragédia dos fogos. Entre abraços e lágrimas, entoou o discurso do fado da desgraça. Onde estava a ministra responsáve­l pelo setor? De férias. E só caiu por reiterada incompetên­cia, depois de mais cinquenta mortes em outubro.

Agora, as primeiras palavras do Presidente sobre o caos nas urgências de obstetríci­a, que levou à morte de um bebé e ao fecho de vários serviços, também foram desastrada­s. Havia muitas baixas no pessoal médico, havia cansaço acumulado devido à pandemia, disse Marcelo.

Perante este previsível caos nas urgências, onde estava a ministra? De férias.

Segundo o ‘Sol’, foi Costa quem forçou o regresso de Temido a Lisboa. Aqui chegada, anunciou ao País que ‘esta situação não é nova’, ela também já não é nova no cargo. Dias depois, escudou-se na sua eloquência flébil para lamentar no Parlamento que se faça política com a morte de bebés. Havia de se fazer política com o quê, se não com o sofrimento do Povo?

Como nos incêndios, Marcelo vai corrigindo a postura. Perante a comprovada incompetên­cia da ministra, acabará a forçar a sua substituiç­ão. Mas, até lá, vivemos o inferno das urgências exangues, entregues ao lucro do negócio com tarefeiros, apesar da obesidade do orçamento da Saúde. Um glutão de 13 mil milhões de euros.n

PERANTE ESTE PREVISÍVEL CAOS, ONDE ESTAVA A MINISTRA? DE FÉRIAS

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