Correio da Manhã Weekend

192 banhistas resgatados da morte por afogamento

SEGURANÇA  Autoridade Marítima Nacional já registou nove mortes em meio aquático desde o início da época balnear ALERTA  A maioria das tragédias ocorre em zonas balneares não vigiadas

- MANUELA GUERREIRO

AAutoridad­e Marítima Nacional (AMN) salvou 192 banhistas de morrerem afogados, em mês e meio, entre o dia 6 de maio e a última quarta-feira, o equivalent­e a quatro pessoas por dia.

Segundo dados da Autoridade­s Marítima Nacional, desde o início da época balnear, verificara­m-se nove acidentes mortais diretament­e relacionad­os com a prática balnear em praias marítimas, fluviais ou lagos e noutras zonas marítimas sob jurisdição da AMN, cuja causa provável da morte foi o afogamento. No ano passado, a Autoridade Marítima Nacional registou

AUTORIDADE MARÍTIMA RESGATA QUATRO PESSOAS POR DIA

NO ANO PASSADO FOI REGISTADO UM TOTAL DE 14 VÍTIMAS MORTAIS

14 mortes nas mesmas circunstân­cias, realizou 663 salvamento­s e 2518 ações de primeiros socorros.

Oito dos afogamento­s deste ano ocorreram em zonas balneares não vigiadas. A única vítima mortal registada numa praia vigiada foi a de uma mulher, de 40 anos, que entrou na água com bandeira vermelha, na praia da Lagoa, Póvoa de Varzim. A vítima estava acompanhad­a por um homem, de 50 anos, e pela filha deste, de 13, que também foram arrastados pelas ondas, mas foram resgatados pelos nadadores-salvadores. O corpo da vítima mortal foi localizado 50 minutos depois do alerta, na praia da Salgueira, a cerca de 300 metros do local do desapareci­mento.

Nas restantes tragédias, quatro das vítimas mortais ocorreram em praias não vigiadas à data do acidente, ou seja, antes de a época balnear arrancar.

Duas no Centro, arrastadas por agueiros, e duas em zonas balneares na região Sul.

Duas pessoas morreram afogadas em praias não vigiadas: uma na zona Centro e a outra no Norte, esta arrastada por um agueiro. As duas últimas vítimas mortais registadas pela Autoridade Marítima Nacional ocorreram em praias fluviais não vigiadas, na região Norte do País.

Este ano e segundo a Federação

Portuguesa de Nadadores-Salvadores já perderam a vida em meio aquático 57 pessoas, o número mais elevado dos últimos cinco anos, a maioria em locais não vigiados, do Interior - em rios, barragens, poços, piscinas, tanques, valas e lagos. Segundo Alexandre Tadeia, presidente da federação, “85% destas mortes têm prevenção”. A falta de segurança aquática dos portuguese­s está na origem da maioria das tragédias.n

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