Correio da Manhã Weekend

CULTURA E PAN EM DISPUTA

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Oseleciona­dor nacional explicou no Centro de Arbitragem Administra­tiva a história da empresa Femacosa, que a Autoridade Tributária considera ser um instrument­o utilizado por Fernando Santos para fugir aos impostos. O selecionad­or contou que, em 2013, um colega do filho, Luís Santos, que estava na McKinsey, convidou-o para ser sócio numa empresa de brindes que ia fazer contratos na China. Santos aceitou o desafio. Apostou as poupanças pessoais (dois milhões de euros) e constituiu, em 2014, a Femacosa com sede em Cascais, tendo como único ativo uma participaç­ão na sociedade Stricker que foi aumentando ao longo tempo. Oito anos passados, Fernando Santos vendeu a participaç­ão que tinha. A Stricker foi avaliada em 90 milhões de euros e a participaç­ão do selecionad­or (30%) valeu-lhe 30 milhões. Mas também aqui Fernando Santos mostrou ser um hábil gestor. A taxa de IRC que a Femacosa vai pagar sobre aquele negócio é... zero! Não há fraude de qualquer espécie. É um presente herdado da troika. A Lei 2/2014 de 16 de janeiro reformou o Código do IRC, e no seu artigo 51 nº 1 prevê-se que, mediante alguns requisitos, “os lucros e reservas distribuíd­os a sujeitos passivos de IRC com sede ou direção efetiva em território português não concorrem para a determinaç­ão do lucro tributável”. Fernando Santos cumpre todos os requisitos exigidos no artigo 51.n

Parece que o ministro da Cultura,

Pedro Adão e Silva, e o Partido das Pessoas dos

Animais e da Natureza estão a disputar a mesma assessora. Será possível um consenso?n

TEVE COMO OBJETIVO AUMENTAR A COMPETITIV­IDADE

DAS EMPRESAS

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