DO GÉNERO NAS AÇÕES MILITARES
Aperspetiva de género “deve ser integrada nas operações militares, aos níveis político, estratégico, operacional e tático”, defendeu o almirante António Silva Ribeiro, CEMGFA. Para o principal chefe militar, que falava no Instituto Universitário Militar, “os debates sobre a perspetiva de género nas operações militares têm assentado num equívoco, não raramente baseado em preconceito, considerando-a apenas relacionada com a igualdade entre militares femininos e masculinos. Esta visão parcelar é errada e prejudicial à eficácia operacional”.
Há que identificar “as implicações diferenciadas, para homens e mulheres, adultos e jovens, das ações militares, de forma a compreendermos as funções e as necessidades expectáveis que cada um destes grupos tem”. A integração e participação das mulheres nas Forças Armadas “já não tem limitações”. “A participação de mulheres nas operações militares é um dos aspetos que decorrem da integração da perspetiva de género. Este empenhamento aumenta a eficácia operacional”, afirmou. A ministra da Defesa Nacional realçou que o aumento de mulheres não é suficiente para uma representatividade efetiva, salientando a importância dessa integração da perspetiva de género nas operações militares. “Não nos podemos contentar apenas com números”, afirmou. Portugal tem cerca de 3200 mulheres nas Forças Armadas, 13,2% do total de militares.
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