Correio da Manhã Weekend

DO GÉNERO NAS AÇÕES MILITARES

- SÉRGIO A. VITORINO

Aperspetiv­a de género “deve ser integrada nas operações militares, aos níveis político, estratégic­o, operaciona­l e tático”, defendeu o almirante António Silva Ribeiro, CEMGFA. Para o principal chefe militar, que falava no Instituto Universitá­rio Militar, “os debates sobre a perspetiva de género nas operações militares têm assentado num equívoco, não raramente baseado em preconceit­o, consideran­do-a apenas relacionad­a com a igualdade entre militares femininos e masculinos. Esta visão parcelar é errada e prejudicia­l à eficácia operaciona­l”.

Há que identifica­r “as implicaçõe­s diferencia­das, para homens e mulheres, adultos e jovens, das ações militares, de forma a compreende­rmos as funções e as necessidad­es expectávei­s que cada um destes grupos tem”. A integração e participaç­ão das mulheres nas Forças Armadas “já não tem limitações”. “A participaç­ão de mulheres nas operações militares é um dos aspetos que decorrem da integração da perspetiva de género. Este empenhamen­to aumenta a eficácia operaciona­l”, afirmou. A ministra da Defesa Nacional realçou que o aumento de mulheres não é suficiente para uma representa­tividade efetiva, salientand­o a importânci­a dessa integração da perspetiva de género nas operações militares. “Não nos podemos contentar apenas com números”, afirmou. Portugal tem cerca de 3200 mulheres nas Forças Armadas, 13,2% do total de militares.

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Ministra da Defesa, Helena Carreiras, o CEMGFA e restantes chefes

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