“Emails são como plano de atentado terrorista”
ARGUMENTO Francisco J. Marques justifica a divulgação dos emails do Benfica comparando com o interesse da publicação do plano para a realização de um atentado MANIPULAÇÃO Inverteu a ordem dos emails “para criar a narrativa” que queria
Francisco J. Marques (FJM), diretor de comunicação do FC Porto, justificou a divulgação dos emails do Benfica comparando o interesse na sua publicação “com o interesse na publicação do plano para a realização de um atentado terrorista”. “É a mesma coisa que um email com uns planos de um suposto atentado terrorista e não ser divulgado”, reforça FJM.
O Ministério Público (MP) e o juiz Carlos Alexandre consideram que a comparação “para além de absolutamente descabida, leviana, é assente em pressupostos falsos, é manifestamente lesiva do bom nome dos assistentes [Benfica]”. Numa outra situação em que o MP não tem dúvidas de que FJM manipulou as mensagens refere-se a uma troca de emails entre Adão Mendes e Pedro Guerra, em que o arguido inverteu a cronologia e omitiu a resposta de um dos interlocutores. Para o MP, o objetivo foi “introduzir uma narrativa que leve à conclusão a que pretende chegar e que não é suportada pelo verdadeiro teor dos emails”.n