Gang rouba 140 mil € de cofres de 28 lares
CRIME Grupo arrombava instalações e furtava dinheiro e peças em ouro pertença dos idosos ACUSAÇÃO Associação criminosa era liderada por um cadastrado e incluía mais seis arguidos
Os cofres dos lares de terceira idade, onde eram guardados objetos em ouro, joias e dinheiro dos utentes, eram o alvo do grupo criminoso constituído em abril de 2021. Em seis meses fizeram 28 assaltos, sobretudo no Norte e Centro do País, apropriando-se de cerca de 140 mil euros.
Liderado por um cadastrado, de 54 anos, o gang incluía mais seis membros, entre os quais duas mulheres. Vão ser julgados no Tribunal de Coimbra. Os principais arguidos conheceram-se na prisão (ver caixa). Quando o cabecilha, residente na zona de Vila Nova de Famalicão,
decidiu constituir o grupo, convidou os antigos companheiros de cela para participarem nos assaltos.
Os lares de terceira idade eram selecionados através de pesquisas que faziam na internet. Mas antes de concretizarem os assaltos, passavam também pelas instituições para confirmar as informações . Os furtos eram realizados durante a madrugada. Em algumas das noites, os suspeitos assaltaram mais do que uma instituição, como descreve a acusação. Atuavam equipados com luvas, máscaras respiratórias e capuz, para não serem reconhecidos nomeadamente quando a sua
O grupo dispunha de apoios logísticos, nas zonas de Pombal e de Vila Nova de Famalicão, para facilitar a atividade criminosa.
Carros para assaltos
As viaturas utilizadas nos assaltos eram, segundo a acusação, compradas unicamente para esse fim pelo líder do grupo.
Funcionários impediram
A aproximação de funcionários das instituições impediu que os assaltantes concretizassem alguns furtos. A acusação refere cinco casos em que os suspeitos nada levaram, tendo causado apenas danos. imagem era captada pelas câmaras de videovigilância.
O modo de atuação era sempre o mesmo. Entravam nas instituições depois de arrombarem janelas ou portas e dirigiam-se aos serviços administrativos, onde estão instalados os cofres, que levavam e depois abriam, apropriando-se sobretudo de dinheiro e peças em ouro.
O primeiro assalto referido na acusação ocorreu na madrugada de 22 de abril de 2021 e foi também o mais rentável para os assaltantes, que se apropriaram de mais de 31 mil euros. O alvo foi o Centro Social e Paroquial de Aveiras de Cima. Do gabinete do padre levaram um cofre com um metro de altura, que no interior tinha relógios e várias peças em ouro.n
ALVOS SELECIONADOS ATRAVÉS DE PESQUISAS QUE FAZIAM NA INTERNET