Correio da Manhã Weekend

ENTIDADE PRECIOSA

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Pediu para ser ouvida. Foi. A comissão de Assuntos Constituci­onais, Direitos e Garantias abriu os ouvidos para a directora de Entretenim­ento e Ficção da TVI. Quis falar, e falou, sobre a petição contra “ódio e a agressão gratuita na internet”. A luta começou através do livro ‘Pra Cima de Puta’. Belo título a ilustrar o que o público lhe anda a chamar em palavras escritas, aqui e ali, no Facebook, Twitter, Instagram, e afins. Cabra, ou vaca, supérflua e presunçosa. Só para começar a degustação gramatical. Cristina Ferreira sugeriu a criação de uma entidade reguladora das redes sociais. Muito bem. Quando os utilizador­es das plataforma­s digitais forem atingidos com balas, verbos e adjectivos já têm um lugar de defesa. É verdade que há quilómetro­s de ódio por essa internet adentro. Pessoas que nasceram com limão no coração, algumas assemelham-se com animais irracionai­s a justificar­em os pontos de vista cegos. Verdade verdadinha da existência de loucos malucos tarados para enterrar o alheio com pá difamadora. Fazem fila. Soluções passam por bloquear este tipo de cobras, ter tempo e paciência para responder, ou não responder nada também pode ser uma opção para quem tenha a tensão arterial baixa. Ou, então, quando a mostarda transbordo­u a barreira do nariz, fazer queixa-crime, levar a besta a tribunal e antes mostrar-lhe um pacote de fraldas. Figuras públicas encontram-se mais a jeito deste bullying.

Cristina Ferreira é uma figura pública, goste-se ou não se goste da sua postura, é alguém conhecida no superlativ­o. O Zé que chamou António de tourada na testa, e a Inês que chamou a Paula de Maria vai com todos, não são figuras públicas. O facto de estarem expostas na internet não lhes promove. Sendo ou não sendo, não há questões; precisam de defesa oficial. Venha a entidade. Cristina, very good, very nice. Muito bem.

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DIREITOS RESERVADOS
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