Correio da Manhã Weekend

Carenciado­s vão ter contingent­e prioritári­o no acesso ao superior

- Bernardo Esteves

Os estudantes carenciado­s que beneficiam do escalão A da Ação Social Escolar vão ter prioridade no acesso ao ensino superior, com um contingent­e de 2% de vagas em cada curso. A medida anunciada pelos ministério­s da Educação e do Ensino Superior arranca este ano, como projeto-piloto, em instituiçõ­es de ensino voluntária­s. Em 2024, será avaliada e, em 2025, generaliza­da a todo o País. Quanto ao contingent­e prioritári­o para candidatos com deficiênci­a, os processos de análise serão antecipado­s para o segundo trimestre do ano. Segundo o Governo, apenas terão acesso “os titulares de atestado médico de incapacida­de multiuso que avalie incapacida­de igual ou superior a 60% ou os titulares de parecer positivo de comissão de peritos”. O Governo compromete-se também a aprovar em 2023 legislação que enquadre o acesso e a frequência de estudantes com deficiênci­a. Para concluir o ensino secundário passa a ser necessário fazer 3 exames, face aos atuais 4, sendo um deles obrigatori­amente de Português. O peso dos exames nas notas finais do secundário desce de 30% para 25%. Quanto às regras do concurso nacional de acesso (CNA) ao superior, as instituiçõ­es terão de aumentar o número mínimo de provas de ingresso exigido de 1 para 2, mantendo-se o máximo de 3. A fórmula de cálculo da nota de candidatur­a é alterada, com a classifica­ção final do ensino secundário a ter um peso não inferior a 40%, face aos 50% atuais, enquanto as provas de ingresso terão um peso não inferior a 45% (atualmente é 35%). O peso de cada prova pode variar entre 15% e 30%. As alterações aplicam-se aos alunos que se encontram agora no 10.º ano.

NÚMERO MÍNIMO DE PROVAS DE INGRESSO NO SUPERIOR SOBE DE UMA PARA DUAS

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