Zelensky promete nova contraofens
FIRMEZA Presidente da Ucrânia não baixa as armas, apesar de a situação no terreno ser complexa e da falta de armas. Mas promete um expulsar os russos ⬩ CONFIANÇA Presidente da Rússia acredita na vitória e elogia o desempenho das tropas de Moscovo no teatr
Paulo João Santos
/Rita Monteiro
● “Estamos a preparar uma nova contraofensiva, uma nova operação”, garantiu Volodymyr Zelensky, em entrevista à Fox News, ainda que reconheça dificuldades no teatro de operações. “A situação no campo de batalha é muito complicada no Leste”, admitiu o líder ucraniano, dois anos depois da invasão russa do seu país, que hoje se assinala. O sucesso do Exército de Kiev está, contudo, dependente da ajuda dos aliados, nomeadamente ao nível do armamento. Nas últimas semanas têm-se multiplicado os apelos de Zelensky e dos chefes militares ucranianos para a urgência na entrega de armas e munições, única forma de travar o avanço das tropas de
Moscovo. Na entrevista ao canal de notícias norte-americano voltou a recordá-lo e a lembrar, sobretudo, os 88 mil milhões de euros que estão `presos' na Câmara dos Representantes, de maioria republicana, destinados sobretudo à Ucrânia. “Será que a Ucrânia sobrevive sem este apoio? Certamente. Mas não todos nós”, alertou. Se Zelensky admite dificuldades “extremas” na linha da frente, Putin parece hoje mais confiante na vitória do que há uns meses, quando a resistência ucraniana não dava sinais de ceder. “Os soldados que estão a combater na Ucrânia são uns autênticos heróis do povo”, diz. Um dos fatores que está a contribuir para o avanço das tropas no terreno é o aumento substancial da produção de armamento. O apoio militar do Irão, nomeadamente através do fornecimento de drones, e da Coreia do Norte, que Kiev
30 457 é o número de vítimas civis dos dois anos de guerra (10 582 mortos e (19 875 feridos)