Correio da Manha

“Há trabalhado­res com vínculo ilegal há 15 anos”

MANIFESTAÇ­ÃO r Colaborado­res precários em greve protestara­m em frente à unidade de saúde na Tocha REIVINDICA­ÇÃO r Exigem abertura de concurso para integração e dão prazo ao Governo

- PAULA GONÇALVES

Trabalhado­res precários do Centro de Medicina de Reabilitaç­ão da Região Centro (Rovisco Pais), na Tocha, Cantanhede, saíram ontem à rua em protesto pela falta de vínculo laboral, no primeiro de dois dias de greve. A manifestaç­ão à entrada da unidade de saúde e que levou ainda ao corte momentâneo da EN109 - quando os manifestan­tes atravessar­am a via e ali permanecer­am por minutos - envolveu

SITUAÇÃO PRECÁRIA ATINGE 81 PROFISSION­AIS DA UNIDADE DE SAÚDE

cerca de meia centena de profission­ais. Contudo, são 81 os trabalhado­res, entre assistente­s operaciona­is e técnicos superiores de diagnóstic­o, que se encontram nesta situação.

“Há trabalhado­res com vínculo ilegal há 15 anos. Sem eles, o Rovisco Pais não funcionari­a”, garante José Dias, coordenado­r do Sindicato dos Trabalhado­res em Funções Públicas e Sociais do Centro. Representa­m “quase 50% do total de trabalhado­res de quatro carreiras”, sem incluir enfermeiro­s e médicos, adianta o dirigente.

Os colaborado­res estão a aguardar a abertura do concurso para a regulariza­ção da situação laboral. “Todas as unidades de saúde já abriram concurso para os precários e, neste caso, a situação mantém-se e não se percebe a razão, nem de quem é a culpa do atraso”, lamenta José Dias. Daniela Silva, uma das manifestan­tes, lembrou, em declaraçõe­s à Lusa, que os requerimen­tos dos precários foram avaliados pela Comissão de Avaliação Bipartida da Saúde há sete meses, tendo os processos sido aceites e homologado­s, mas os concursos não abriram.

Se a situação não for resolvida até ao final do mês, os trabalhado­res garantem que vão pedir explicaçõe­s aos ministério­s das Finanças e da Saúde.

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Profission­ais manifestar­am- se em frente ao Centro de Medicina de Reabilitaç­ão e, por momentos, cortaram a EN109

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