Câmara tenta travar providência cautelar
RESOLUÇÃO r Autarquia vai invocar interesse público para fazer avançar negócio com a JCDecaux PROCESSO r Concorrentes consideram decisão “desadequada” e estranham “pressa”
ACâmara de Lisboa vai invocar, em reunião ext r ao r dinár ia marcada para amanhã, o interesse público para adjudicar a concessão dos meios de publicidade exterior da capital à JCDecaux por 15 anos, sabe o CM. A resolução fundamentada, que irá a votos da vereação, permitirá contornar a providência cautelar interposta por outra das empresas que se apresentou a concurso, a dreamMedia, a 22 de junho.
ACORDO COM A JCDECAUX VALE 124,5 MILHÕES AO LONGO DE 15 ANOS
Ao CM, Ricardo Bastos, CEO da dreamMedia, lamenta que a autarquia liderada por Fernando Medina continue a “defender a ilegalidade da proposta da JCDecaux” e considera o mecanismo encontrado pela câmara para suspender os efeitos da providência cautelar “perfeitamente desadequada para esta situação”. “A Câmara quer proteger a JCDecaux, favorecendo claramente os seus interesses neste concurso, garantindo a assinatura do contrato a qualquer custo”, afirma o responsável da dreamMedia. Já a MOP, outra das empresas que se apresentou a concurso, estranha a “pressa” que a autarquia manifesta agora, depois de “se ter atrasado quase dois anos a lan- çar este concurso” e “demoraatribulados dos últimos anos, do cerca de ano e meio a decidir com as várias partes a alegarem sobre o mesmo”. Defende ainda ilegalidades no processo. A proque este processo “carece de posta da JCDecaux representa autorização prévia da Autoriuma contrapartida de 8,3 midade da Concorrência”. lhões de euros por ano para a
Recorde-se que este é um dos Câmara, num valor total de concursos municipais mais 124,5 milhões de euros.