Em defesa dos doentes
Esta semana, em visita ao Hospital de São José, confrontei-me com a profunda preocupação dos médicos, chefes de equipa do serviço de urgência, que apresentaram recentemente a sua demissão do cargo por estarem em causa as condições de trabalho e a falta de capital humano.
São 16 profissionais de excelência que há muito alertavam a administração para a deterioração deste serviço vital que recebe doentes urgentes e emergentes de todo o país. Vi neles a consternação de terem que denunciar a situação, num momento limite, num verdadeiro grito de alerta.
QUANDO PODE ESTAR EM CAUSA A QUALIDADE DA SAÚDE, NÃO HÁ QUE HESITAR
Estes profissionais, responsáveis por um dos maiores serviços de urgência, querem garantir os melhores cuidados de saúde a todos os doentes. Querem manter a dignidade e excelência do seu hospital. E querem continuar a trabalhar, fazendo aquilo que melhor sabem, servir bem os doentes. Por isso, o seu grito de alerta, deve ser entendido pela tutela como um profundo respeito pela segurança e pela defesa dos interesses dos doentes. E deve ser levado a sério e merecer a intervenção do Governo.
Quando pode estar em causa a segurança e qualidade da saúde, não há que hesitar. Elogio a coragem destes médicos que se expõem na defesa dos doentes.