Correio da Manha

MESQUITA APANHA TRÊS ANOS

Escapa à prisão por não ter cadastro

- LILIANA RODRIGUES

Só uma pena privativa da liberdade se aplica neste caso”. A afirmação é da presidente do coletivo de juízes que, ontem, condenou Mesquita Machado a três anos de prisão, pena suspensa, por participaç­ão económica em negócio, no polémico caso das Convertida­s, em 2013, que envolve 3,6 milhões de euros.

“A ilicitude é elevada, o arguido sabia dos problemas financeiro­s da filha e do genro e com a expropriaç­ão quis resolver dois problemas de uma só vez.

TRIBUNAL AFIRMA QUE MESQUITA SABIA E QUIS AJUDAR A FILHA E O GENRO

O timing não deixa dúvidas de que não foi uma coincidênc­ia, mas uma conveniênc­ia”, afirmou a juíza que explicou o que permitiu a Mesquita escapar a cumprira pena na prisão: “Tendo em conta não ter antecedent­es criminais, a idade do arguido e estar socialment­e inserido”. A pena fica suspensa.

Os restantes cinco arguidos, ex-vereadores do PS, foram absolvidos. Hugo Pires e Palmira Maciel, ambos deputados, não quiseram comentar a decisão. Vítor Sousa, ex-braço direito de Mesquita Machado, também foi asbolvido.

A juíza considerou que algumas justificaç­ões de Mesquita Machado são “irrazoávei­s” e “não são merecedora­s de credibilid­ade”. Por isso afirmou: “É necessária uma punição exemplar”. Mas o ex-autarca do PS

não esteve na sala de audiências. Entregou um atestado médico dando conta que está com gripe. “Falei com ele e sente-se injustiçad­o”, confidenci­ou Tinoco Faria, advogado de Mesquita. A defesa vai recorrer.

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Mesquita Machado apresentou atestado médico e não foi ontem ao tribunal

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