MESQUITA APANHA TRÊS ANOS
Escapa à prisão por não ter cadastro
Só uma pena privativa da liberdade se aplica neste caso”. A afirmação é da presidente do coletivo de juízes que, ontem, condenou Mesquita Machado a três anos de prisão, pena suspensa, por participação económica em negócio, no polémico caso das Convertidas, em 2013, que envolve 3,6 milhões de euros.
“A ilicitude é elevada, o arguido sabia dos problemas financeiros da filha e do genro e com a expropriação quis resolver dois problemas de uma só vez.
TRIBUNAL AFIRMA QUE MESQUITA SABIA E QUIS AJUDAR A FILHA E O GENRO
O timing não deixa dúvidas de que não foi uma coincidência, mas uma conveniência”, afirmou a juíza que explicou o que permitiu a Mesquita escapar a cumprira pena na prisão: “Tendo em conta não ter antecedentes criminais, a idade do arguido e estar socialmente inserido”. A pena fica suspensa.
Os restantes cinco arguidos, ex-vereadores do PS, foram absolvidos. Hugo Pires e Palmira Maciel, ambos deputados, não quiseram comentar a decisão. Vítor Sousa, ex-braço direito de Mesquita Machado, também foi asbolvido.
A juíza considerou que algumas justificações de Mesquita Machado são “irrazoáveis” e “não são merecedoras de credibilidade”. Por isso afirmou: “É necessária uma punição exemplar”. Mas o ex-autarca do PS
não esteve na sala de audiências. Entregou um atestado médico dando conta que está com gripe. “Falei com ele e sente-se injustiçado”, confidenciou Tinoco Faria, advogado de Mesquita. A defesa vai recorrer.