RECOMPENSA
ESTRANGEIROS r O treinador e três dos rapazes salvos da gruta têm origem estrangeira e não gozam de plenos direitos BUROCRACIA r Autoridades dizem que processo depende de documentos JOVENS APÁTRIDAS PODEM CONSEGUIR CIDADANIA
Ogoverno da Tailândia pondera conceder a cidadania tailandesa a três dos rapazes resgatados da gruta de Tham Luang e ao treinador. Contudo, o processo é complexo e poderá não ter os resultados desejados por milhares de pessoas que nas redes sociais têm defendido a cidadania como merecida recompensa para os protagonistas de um drama que apaixonou o País e mereceu atenção em todo o Mundo.
O treinador, de 25 anos, Ekaphol Chantawong, e os jogadores Pornchai Kamluang, Mongkhol Boonpiam e Adul Sam-on (este é o mais famoso, por falar inglês e ter servido de tradutor no contacto com os mergulhadores de outros países), têm todos ascendência estrangeira. As famílias entraram em Mae Sai, na província de Chiang Rai, a partir de Myanmar, pelo que tecnicamente são apátridas.
Os menores têm documentos tailandeses, o que lhes dá alguns direitos, como o de frequentar a escola. Mas não po- derão trabalhar legalmente e para sair de Mae Sai precisam de uma autorização especial. Já o treinador não tem estatuto legal, o que o deixa vulnerável a uma ordem de extradição. “As autoridades de Mae Sai estão a verificar os documentos para ver se nasceram na Tailândia e se têm pai ou mãe tailandeses”, referiu fonte do Ministério do Interior, frisando que a obtenção da cidadania “dependerá dos documentos ”. O governador provincial, Narongsak Osatanakorn, que liderou o resgate dos jovens, deixou também a dúvida no ar ao dizer: “Tudo terá de decorrer de acordo com a lei”.
NAS REDES SOCIAIS PEDE-SE A LEGALIZAÇÃO COMO RECOMPENSA