Correção suave evita pior média a Matemática
QUEBRA r Média à disciplina mais temida desceu apenas 0,6 valores em relação ao ano passado MOTIVO r Professores admitem que critérios de correção mais suaves impediram maior descida
Amédia do exame de Matemática Ado 12º ano foi este ano de 10,9, numa descida de seis décimas face aos 11,5 do ano passado. Os professores acreditam que critérios de classificação mais benevolentes evitaram que tivessem havido ainda piores resultados. “Acho que houve umatentativa razoável na classificação das provas de minimizar o impacto das confusões. E os alunos até reagiram bastante bem tendo em conta as dificuldades”, analisa Jorge Buescu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática.
As confusões de que fala Buescu são as alterações à estrutura do exame, que testava pela primeira vez o programa lançado pelo ex-ministro Nuno Crato, o facto de não terem sido divulgadas provas modelo e de os alunos terem de optar entre responder a perguntas do novo ou do antigo programa.
“Foram muitas mudanças em pouco tempo, o que introduz muita perturbação. Imagino que a classificação teve em conta este condicionalismo e teve algum cuidado para os alunos não serem prejudicados”, afirmou ao CM Lurdes Figueiral, presidente da Associação de Profes- sores de Matemática. O facto de haver questões em alternativa baralhou alguns alunos, que responderam a todas as perguntas. O Instituto de Avaliação Educativa, que concebe as provas, deu indicações para pontuar todas as respostas corretas, o que também terá ajudado a subir as notas.
A taxa de reprovação a Matemática foi de 14%, face aos 13% de 2017. Estes dados são relativos aos alunos internos, porque nos autopropostos a média foi de 6,1 e 78% chumbaram.
EXAME DE MATEMÁTICA TESTOU NOVO PROGRAMA E TEVE OUTRA ESTRUTURA
MINISTÉRIO DESTACA
FACTO DE NÃO HAVER MÉDIAS ABAIXO DE 9,5