Parque fechado revolta moradores em Lisboa
PROBLEMA r Espaço destinado ao estacionamento foi encerrado no dia 3 de setembro para obras SOLUÇÃO r Residentes querem que a intervenção seja feita de forma faseada, mas a EMEL não cede
Moradores e comerciantes da freguesia de Belém, em Lisboa, estão revoltados com as obras de reabilitação de um parque de estacionamento que obrigaram ao encerramento do espaço.
O parque situa-se na avenida da Índia, entre a Cordoaria Nacional e a sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa. As obras no parque são da responsabilidade da EMEL.
REABILITAÇÃO DO PARQUE DEVERÁ ESTAR CONCLUÍDA NO DIA 27 DE NOVEMBRO
“A intervenção estava prevista para junho e julho, mas as obras só avançaram este mês e não nos avisaram, porque se calhar até podíamos ter encerrado para férias, para não prejudicar o negócio”, disse ao CM Bessa Tavares, gerente de um estabelecimento comercial.
O parque de estacionamento em causa fica próximo da Universidade Lusíada. Alunos e professores são também utilizadores do espaço. “A solução para evitar estes constrangi- mentos e prejuízos de milhares de euros, como é o meu caso, passa por haver bom senso e a obra ser feita de forma faseada: metade, por exemplo, e na outra ainda seria possível estacionar”, reforçou Bessa Tavares, que já expôs o caso numa carta dirigida ao presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina. Ao CM, a EMEL justifica o atraso da obra com a “necessidade de obter um parecer adicional pela Direção-Geral do Património Cultural”. A empresa garante ainda que a intervenção não está a ser realizada de forma faseada devido “a questões de segurança”, uma vez que “os acessos ao espaço são limitados e teriam de ser utilizados em simultâneo por equipamentos das obras e por automobilistas”.
As obras de reabilitação do parque de estacionamento começaram a 3 de setembro. Segundo a EMEL, deverão estar concluídas a 27 de novembro, já que o prazo de execução é de 59 dias úteis.