Meios privados contra nova exigência da RTP
REAÇÃO Plataforma de meios considera “injustificada” a subida da CAV e a introdução de publicidade na RTP 3 e na RTP Memória. Para a Cofina, medida alimenta “concorrência desleal”
APlataforma de Meios Privados (PMP) - que reúne os grupos Cofina, Global Media, Impresa, Media Capital, Público e Renascença - reagiu ontem às declarações de Gonçalo Reis, presidente da RTP, que, na semana passada, defendeu o aumento da CAV (taxa de audiovisual paga pelos portugueses na fatura da eletricidade) e a introdução de publicidade nos canais RTP 3 e RTP Memória na Televisão Digital Terrestre.
COFINA LAMENTA QUE RTP PEÇA MAIS SACRIFÍCIOS AOS PORTUGUESES
Em comunicado, a PMP cons i d e r o u “i n j u s t i fi c a d a ” a “eventual subida da CAV”, uma vez que se traduziria numa “sobrecarga adicional e irrazoável para os contribuintes”. Estes grupos de comunicação social c onside ram ainda que e s te agravamento aumentaria as “condições de manifesta concorrência desleal em que atuam os operadores privados de media, em particular os televisivos”. Quanto à introdução de publicidade nos canais RTP 3 e RTP Memória na TDT, esta “atentaria contra os mais elementares princípios do jogo concorrencial”, defende a PMP.
Ao CM, Luís Santana, administrador da Cofina (que detém o Correio da Manhã), considerou “despropositada” a proposta do presidente da RTP, uma vez que o operador público já hoje “beneficia de condições extraordinárias face ao que é a realidade dos grupos privados”.
O responsável considera que aumentar a CAV contribuiria para “alimentar ainda mais a concorrência desleal e, sobretudo, exigir ainda mais sacrifícios aos portugueses, quer tenham televisão ou não”.