O nosso Orçamento do Estado
Ainda não conhecemos o Orçamento do Estado que será apresentado pelo Governo no início da próxima semana. Mas do que é sabido não temos dúvidas em afirmar que resulta numa oportunidade perdida, mais uma vez e de resto de forma consistente com o seu passado. Oportunidade perdida para dar um impulso forte à economia portuguesa, que está menos competitiva e vê muitos países passarem-lhe à frente, porque sem criação de riqueza pouco ou nada há para distribuir. Oportunidade perdida para dar um sinal grande da importância da coesão territorial, beneficiando de forma significativa o interior que queremos capaz de reter pessoas e atrair outras. Oportunidade perdida para mostrar o compromisso com o rejuvenescimento demográfico e as famílias portugueses. Oportunidade perdida para intensificar investimento produtivo e melhorar serviços públicos.
Temos uma visão alternativa para o país e para o Orçamento do Estado que a deve suportar. Acreditamos que não é possível pagar bons serviços públicos nem distribuir riqueza por quem mais precisa sem antes produzir essa mesma riqueza. Sabemos que sem uma gestão de médio e longo prazo, que lance um crescimento económico sólido, teremos sérias dificuldades no futuro. Para nós não há portugueses de primeira e de segunda, por isso defendemos um alívio fiscal progressivo para todos. Para nós não há territórios de primeira e de segunda, por isso defendemos mais apoios para o interior, mesmo que isso não dê votos. Queremos um orçamento para o futuro, não para o imediato.