Correio da Manha

Calor pode matar mais

MORTALIDAD­E r A toridades deixaram de revelar números EROSÃO DO LITORAL r Pode originar mais situações de emergência

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O físico e antigo meteorolog­ista Manuel Costa Alves defende que o futuro associado ao aumento global das temperatur­as deverá trazer a Portugal um clima “mais adverso”. “Embora de repercussã­o mais lenta, a subida do nível do mar, conjugada com situações mais frequentes de vento muito forte, originará um incremento dos já conhecidos (e sofridos) processos erosivos do litoral. E teremos ainda mais situações de emergência de proteção civil onde a ocupação humana se expandiu. Ou as repetidas catástrofe­s na floresta”, afirma. Para as populações, as sucessi- vas ondas de calor poderão ser catastrófi­cas. “Entre 2003 e 2013, faleceram 6320 pessoas vitimadas por causas relacionad­as com a exposição a calor excessivo - dados do Instituto Ricardo Jorge. Nesse período de 11 anos, perderam prematuram­ente a vida mais de 1000 pessoas em cada um dos verões de 2003, 2006, 2009 e 2013. E nt r e 1 9 8 0 e 2 0 0 3 ( e m 2 4 anos), tinham-se registado dois verões (1981 e 91) com ondas de calor que geraram excedentes de mortalidad­e superiores a mil, em cada um desses anos. Até 2013, as autoridade­s divulgavam os excedentes de mortalidad­e produzidos pelas ondas de calor, mas deixaram de o fazer. Ainda não interioriz­ámos que as ondas de calor possuem duas frentes de catástrofe: na floresta e na saúde. S ão a c at ás t r o fe que mais mata”, avisa.

ONDAS DE CALOR AUMENTAM ÍNDICE DE MORTALIDAD­E NO VERÃO

AQUECIMENT­O GLOBAL

TEM EFEITOS GRAVES NA SAÚDE

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Os efeitos das alterações climáticas sentem-se na floresta e na saúde

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