BRUNO INSTIGA ATAQUE A PATRÍCIO
Equipa de Jorge Jesus acusa antigo dirigente Ex-presidente na mira da Justiça
Sporting-Benfica da época passada, a 5 de maio, apenas 10 dias antes da invasão do centro de estágios de Alcochete. Pouco antes de o jogo começar, Bruno de Carvalho levanta-se do banco de suplentes e vai até ao topo onde está a Juve Leo falar com Mustafá, chefe da claque. Volta a sentar-se e, 30 segundos depois de o jogo ter início, chovem tochas, petardos e potes de fumo para a baliza onde está o guarda-redes do Sporting, Rui Patrício. Elementos da equipa técnica do clube que assistiram, já interrogados no processo em que são investigados os crimes de Alcochete, não têm dúvidas em apontar o dedo ao então presidente pelo instigar daquele primeiro ataque a Rio Patrício, em Alvalade.
Capitão de equipa, Patrício es-
O EX-LÍDER DOS LEÕES ESTÁ SOB SUSPEITA PELO TERROR DE ALCOCHETE
tava de relações cortadas com Bruno de Carvalho sobretudo desde a derrota frente ao Atlético de Madrid, no início de abril, em que o presidente arrasou, no Facebook, toda a atuação e postura da equipa. O guarda-redes vivia uma situação de braço de ferro com a direção, até pela especulação em torno de uma transferência para o estrangeiro – e Bruno foi denunciado por suspeitas de ter orquestrado o ataque pirotécnico ao jogador.
Os engenhos foram lançados pela mesma claque cujos elementos – 38, já presos – invadiram dez dias depois o centro de estágios, agredindo jogadores e equipa técnica, numa tarde de terror em que Rui Patrício voltou a ser uma das principais vítimas. A interpretação desta sequência de eventos, aliada a outras provas da investigação do DIAP de Lisboa com a GNR – que terça-feira levaram a nova detenção, agora de um funcionário do clube por conivência no ataque (ver peça secundária) –, leva a que o cerco se aperte em torno de Bruno de Carvalho como suspeito no processo.