TEMPESTADE DEIXA MAIS DE 100 MIL SEM LUZ
Norte e Centro foram as regiões mais afetadas
Uma vítima mortal, pelo menos 28 feridos ligeiros e 61 desalojados. Foi este o balanço feito ontem pela Proteção Civil, que registou quase 1900 ocorrências devido à passagem do furacão ‘Leslie’ pelo País. Dos 61 alojados, 57 são do distrito de Coimbra. As regiões Centro e Norte foram as mais afetadas e os prejuízos começam agora a ser calculados, com a c e r t e z a de que muit as empresas contaram elevados prejuízos causados pelas falhas na rede elétrica, que ontem à noite mantinham ainda 100 mil casas sem eletricidade.
Na Pampilhosa da Serra, registou-se a morte de um homem, de 82 anos que, segundo fonte da GNR, estará relacionada com o mau tempo. Américo Pires morreu presumivelmente na sequência de uma queda de cerca de dois metros de altura na rampa de acesso à sua casa, em Armadouro. Na altura, não havia iluminação pública e foram registadas pela estação meteorológica local rajadas de vento de 90 km/h com picos que chegaram aos 130 km/h. Já o INEM nega que a morte esteja relacionada com o temporal.
Na Figueira da Foz, as rajadas de vento chegaram aos 176 km/h, valor mais elevado registado em Portugal, batendo o máximo anterior de 169 km/h, em 2015. A tempestade lançou o caos na cidade. Arrancou coberturas e árvores e destruiu viaturas, lojas e restaurantes. “Foi uma noite de terror. O furacão destruiu vitrinas, portas e levou tudo à frente”, conta a proprietária de um restaurante, na marginal, que só teve tempo de se refugiar nas c as as de banho com os c lie nt e s . No restaurante de Gustavo Isidro, alguns clientes “chegaram a ser atingidos pelas cadeiras que voaram”, antes de fugirem para a zona da cozinha e da casa de banho. “Andava tudo pelo ar e fui atingido por uma janela que o vento arrancou de um prédio”, descreve João Quaresma, que ficou ferido numa perna.
RAJADA DE VENTO
DE 176 KM/H NA FIGUEIRA DA FOZ BATEU RECORDE