“Menos IMI para quem cumpre”
CARLOS AMARAL VIEIRA r Diretor- geral da CELPA – Associação da Indústria Papeleira afirma que o Orçamento do Estado devia reduzir a fiscalidade aos proprietários com a situação regularizada DISTINÇÃO r Boas práticas na atuação dos ‘atores’ da floresta mer
Odiretor-geral da CELPA - Associação da Indústria Papeleira defende a necessidade de uma “descriminação positiva” do Estado.
Correio da Manhã - De que forma o Orçamento do Estado deveria precaver a floresta e o ambiente?
Carlos Amaral Vieira - O Estado devia promover a descriminação positiva. Por exemplo, através da redução da fiscalidade, para quem faz, comprovadamente, boa gestão florestal, certificando a sua gestão, e para quem contribui para o imperativo de efetuar o sempre adiado cadastro nacional. Esta descriminação positiva, por exemplo, no caso do cadastro, poderia ser feita reduzindo francamente o IMI para os proprietários que têm a sua situação atualizada. E penalizando fortemente aqueles que a não têm.
- Que papel pode ter o Prémio Floresta e Sustentabilidade para a melhoria da floresta portuguesa?
- Queremos acreditar que já teve o papel de divulgador de temas sobre a floresta que habitualmente não chegam ao grande público. Gostávamos que tivesse um papel de agregador da floresta e das pessoas que trabalham ou convivem, de forma direta ou indireta, com a floresta. Premiar quem se distingue e incentivar o fazer bem.
- Qual o objetivo desta nova edição?
– Levar o tema florestal ao público. Há um grande desconhecimento do que se faz bem na floresta portuguesa. É para mostrar esse lado positivo que lançámos o Prémio Floresta e Sustentabilidade, agora na 2.ª edição. Além de termos definido novas categorias, temos feito debates sobre temas que normalmente não marcam a atualidade, como os serviços de ecossistema presta- dos pela floresta [é o caso da purificação da água e do ar e da absorção de Co2] ou a forma como o tema florestal é visto pelos mais jovens e pelos professores. No dia 12 de novembro vamos realizar um debate sobre a relação entre a ‘Academia e a Floresta’, convidando vários docentes de áreas direta ou indiretamente ligadas ao tema. - Que balanço faz e porque mudaram as categorias?
- A 1ª edição teve 75 candidaturas em quatro categorias, o que mostrou que o setor florestal estava a precisar de um prémio deste âmbito. Este ano, quisemos que as categorias chegassem a um público maior. Na categoria de ‘Economia e Gestão da Floresta’ convidámos projetos e/ou negócios sustentáveis de produtores, empresas florestais, não florestais ou outras entidades. Os projetos de educação ambiental e florestal provenientes de ONG, autarquias, mas também de particulares estarão em destaque na categoria ‘Comunidade e Floresta’. A grande novidade da categoria ‘Inovação e Ciência’ é a inclusão de projetos também das ciências sociais, humanas e naturais. E temos uma nova categoria para a qual temos grandes expectativas: ‘Escola e Florestas’.
RELAÇÃO ENTRE A ‘ACADEMIA
E A FLORESTA’
VAI SER DEBATIDA A 12 DE NOVEMBRO
PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTEGRAM UMA
DAS CATEGORIAS DA 2ª EDIÇÃO DO PRÉMIO