A vida não é fácil
Avida não é fácil e, a prová-lo, está perguntarem a um sindicato se concorda com as delegações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – SEF trabalharem agora de portas fechadas e só atenderem, por agendamento, pessoas que vêm de locais diferentes do país. Achamos bem que quem está em Lisboa só possa ser atendido em Vila Real?
Tal como a vida, a resposta não é fácil. Não vale a pena confundir um problema grave do SEF – a falta de inspetores, que o sindicato sempre denunciou, fruto de 14 anos sem qualquer admissão – com o expediente criado para tentar resolver esse problema, suspendendo a competência territorial das delegações e encami-
ESTE EXPEDIENTE OBRIGA AS PESSOAS A VIAJAREM CENTENAS
DE QUILÓMETROS
nhando os cidadãos para os locais onde, mais rapidamente, possam tratar dos seus processos. Este expediente obriga pessoas a viajarem centenas de quilómetros, mas resolve-lhes em semanas o que demoraria meses a resolver.
O sindicato dos inspetores do SEF não pode ser contra uma medida que, apesar de extravagante, serve mais rapidamente os cidadãos. Mas é óbvio que ter todos os dias pessoas a viajar de Faro para Castelo Branco ou do Porto para a Viseu, por exemplo, só pode, como é óbvio, ser temporário!
Uma coisa é um remedeio, outra é perder o bom senso.