Fazemos mais lixo e reciclamos menos
METAS r Compromissos assumidos no quadro europeu para 2020 estão comprometidos INVESTIMENTO r Resultados não estão a ser os esperados
Olixo produzido registou um novo crescimento, no último ano, na ordem dos 2%, mas houve uma redução em termos de reciclagem de 9%. Os dados avançados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) indicam um total de 5 milhões de toneladas em 2017, sendo que a fatia de resíduos recicláveis recuperados ficou pelas 512 mil toneladas, ou seja 10% do total.
A APA defende que “se continua a constatar uma estabiliza-
DEPÓSITOS DIRETOS NOS ATERROS SUBIRAM EM 184 MIL TONELADAS
ção dos quantitativos recolhidos seletivamente e encaminhados para valorização material”. A estagnação verificada “não está em linha com esforços e investimentos que têm sido feitos no sentido de aproximar os equipamentos de deposição seletiva à população”. Sustenta a APA que a estabilização representa “um risco para o cumprimento das metas” para 2020. Falham também as medidas de prevenção da produção de resí- duos que não têm “os resultados esperados”, revela a APA.
O relatório verifica que há “uma evolução desfavorável do cumprimento” das metas “com um aumento na deposição de resíduos em aterro e uma diminuição na valorização de resí- duos”. Na evolução de 2016 para 2017 houve um acréscimo dos depósitos diretos nos aterros de 184 mil toneladas. Em 2017, tendo em conta o rejeitado da valorização verifica-se que 57% do lixo termina em aterros