Comerciantes de Leiria desesperam com obras
PROBLEMA r Acessos à loja Leroy Merlin estão a causar prejuízos aos comerciantes da cidade QUEIXAS r Locais reclamam não terem sido ouvidos. Câmara estima final das obras em dezembro
Desde maio que uma das faixas da ave nida Dr. Francisco Sá Carneiro, uma das principais artérias de Leiria, está cortada. Os comerciantes da zona, privados da clientela que dantes usava a estrada para entrar na cidade, desesperam por respostas.
A loja Leroy Merlin foi inaugurado a 25 de outubro e desde então a areia, as manilhas e o ferro destinados à construção dos arruamentos ficaram es-
MATERIAL DAS OBRAS AMONTOA-SE NA VIA ENCERRADA DESDE MAIO
quecidos na via convertida em estaleiro. Segundo os moradores, há mais de uma semana que não se realizam obras.
“Esta avenida é um dos acessos principais à cidade”, aponta Helena Santos, proprietária de uma papelaria, que estima perdas de 10 mil euros de receitas por mês desde que a estrada foi encerrada. “O Leroy Merlin está a funcionar em pleno e, no dia da inauguração, tinha tudo pronto. O acesso aos pequeninos é que continua fechado”, acusa. A situação está a atingir com maior intensidade os negócios que vivem dos clientes de passagem, visto que as alterações na via obrigaram a procurar outras soluções.
Quem tem clientela fidelizada está a escapar melhor, mas não na totalidade. “Não estou a sentir tanto como os outros”, admite Susana Rodrigues, cabeleireira, reconhecendo que ainda assim nota uma “queda no volume de trabalho”.
Contactada pelo CM, a Câmara Municipal de Leiria justifica o atraso por ser uma “obra complexa devido à existência de condutas da rede de abastecimento de água em alta”, o que obrigou a cuidados especiais, e anuncia que estuda agora a possibilidade de reabrir a via até à conclusão dos trabalhos. Aponta-se para dezembro.