EMMANUEL MACRON APELOU AOS LÍDERES MUNDIAIS QUE REJEITEM O “FASCÍNIO PELA VIOLÊNCIA E DOMINAÇÃO”.
Emmanuel Macron apelou aos líderes mundiais que rejeitem o “fascínio pela violência e pela dominação”. Em discurso na cerimónia do centenário do Armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, que ontem se realizou em Paris, o presidente francês frisou ainda que “o nacionalismo é o contrário do patriotismo”, assim rejeitando a chaga nacionalista que desencadeou o sangrento conflito, em 1914.
As celebrações reuniram chefes de Estado de mais de 80 países que direta ou indiretamente participaram no conflito.
Os olhos do Mundo estavam postos em Paris. O dia começou com uma cerimónia num dos locais icónicos da cidade. Foi no Arco do Triunfo que se ouviu o hino francês e que foi feita uma corrente humana que uniu estudantes e chefes de Estado e de governo como homenagem aos milhões que perderam a vida em combate. O presidente
PRESIDENTE FRANCÊS CONTRA O NACIONALISMO NUM DIA DE SÍMBOLOS
francês, anfitrião das comemorações, dirigiu-se aos homólogos e chefes de governo reunidos na Cidade Luz: “Juntos podemos combater a fome, as desigualdades e a ignorância.”
A ausência mais sentida foi a de Donald Trump. O presidente norte-americano já tinha feito saber que não estaria presente no Fórum da Paz, cerimónia evocativa do acordo que pôs termo a um conflito que se prolongou por quatro anos.
Portugal foi representado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que nas suas intervenções públicas lembrou todos aqueles que combateram, entre os quais se contaram muitos portugueses, e sublinhou a importância de “continuar a construir a paz”.
O dia ficou ainda marcado por uma manifestação anti-Trump na praça da República, no coração da cidade, que contou com centenas de pessoas. Ao Correio da Manhã, Joseph Morel, um dos manifestantes, explicou que luta “pelo fim da violência e da guerra e para que Trump ponha a mão na consciência”.