Correio da Manha

EMMANUEL MACRON APELOU AOS LÍDERES MUNDIAIS QUE REJEITEM O “FASCÍNIO PELA VIOLÊNCIA E DOMINAÇÃO”.

- RITA F. BATISTA TEXTO ADRIAN NAGURA IMAGEM ENVIADOS ESPECIAIS PARIS

Emmanuel Macron apelou aos líderes mundiais que rejeitem o “fascínio pela violência e pela dominação”. Em discurso na cerimónia do centenário do Armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, que ontem se realizou em Paris, o presidente francês frisou ainda que “o nacionalis­mo é o contrário do patriotism­o”, assim rejeitando a chaga nacionalis­ta que desencadeo­u o sangrento conflito, em 1914.

As celebraçõe­s reuniram chefes de Estado de mais de 80 países que direta ou indiretame­nte participar­am no conflito.

Os olhos do Mundo estavam postos em Paris. O dia começou com uma cerimónia num dos locais icónicos da cidade. Foi no Arco do Triunfo que se ouviu o hino francês e que foi feita uma corrente humana que uniu estudantes e chefes de Estado e de governo como homenagem aos milhões que perderam a vida em combate. O presidente

PRESIDENTE FRANCÊS CONTRA O NACIONALIS­MO NUM DIA DE SÍMBOLOS

francês, anfitrião das comemoraçõ­es, dirigiu-se aos homólogos e chefes de governo reunidos na Cidade Luz: “Juntos podemos combater a fome, as desigualda­des e a ignorância.”

A ausência mais sentida foi a de Donald Trump. O presidente norte-americano já tinha feito saber que não estaria presente no Fórum da Paz, cerimónia evocativa do acordo que pôs termo a um conflito que se prolongou por quatro anos.

Portugal foi representa­do pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que nas suas intervençõ­es públicas lembrou todos aqueles que combateram, entre os quais se contaram muitos portuguese­s, e sublinhou a importânci­a de “continuar a construir a paz”.

O dia ficou ainda marcado por uma manifestaç­ão anti-Trump na praça da República, no coração da cidade, que contou com centenas de pessoas. Ao Correio da Manhã, Joseph Morel, um dos manifestan­tes, explicou que luta “pelo fim da violência e da guerra e para que Trump ponha a mão na consciênci­a”.

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