CULTURA&ESPETÁCULOS: CINEMA.
ELENCO r Nova obra de António-Pedro Vasconcelos é protagonizada por Diogo Morgado
A NOVA OBRA DE ANTÓNIO-PEDRO VASCONCELOS, ‘PARQUE MAYER’, TEM HOJE ESTREIA NACIONAL.
No Parque Mayer, em Lisboa, ensaia-se mais uma revista. Entretidos com uma vida social ativa, Diogo Morgado, Francisco Froes e Daniela Melchior envolvem-se num complexo triângulo amoroso. O público chega da província em camionetas para dar tirinhos e mirar as pernas das coristas. Tudo isto em ‘Parque Mayer’, filme que AntónioPedro Vasconcelos estreia hoje nas salas nacionais, e com o qual o realizador já admitiu querer chamara atenção para a fragilidade da democracia.
O filme abre, justamente, com um ardina a anunciar a aprovação da Constituição Po- lítica da República Portuguesa de 1933, que instaurou no nosso país a censura, a polícia política e a polícia de costumes. E tudo o que era divertido e colorido vai - -se tornando gradualmente triste e cinzento... “Não vivi os anos 30, mas é preciso mostrar às novas gerações que a demo- cracia pode acabar de um momento para o outro”, disse o realizador, que, para rodar este ‘Parque Mayer’, fez reconstruir o espaço, tal como era na altura, a partir de fotografias de época. Apesar dos “custos evidentes” que tal operação acarreta, diz que era fundamental, pois “as pessoas estão habituadas aos filmes de Hollywood”, conclui António-Pedro Vasconcelos.
‘PARQUE MAYER’ OBRIGOU À RECONSTITUIÇÃO DO ESPAÇO ORIGINAL, EM 1933