Correio da Manha

Pouca terra... Pouca terra...

- MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO CHEFE DE REDAÇÃO-ADJUNTO

Hoje não há comboios. Nem há serviços mínimos. Só na área metropolit­ana de Lisboa dois milhões de pessoas serão afetadas. Serão muitas mais por todo o País.

Os ferroviári­os acusam o Governo de não cumprir o que ficou acordado em várias reuniões na CP, na EMEF e na Infraestru­turas de Portugal.

Em 2017 a CP transporto­u mais de 122 milhões de passageiro­s e o preço dos bilhetes subiu 1,5%. Fechou o ano com 112 milhões de euros de prejuízo.

O transporte ferroviári­o é fundamenta­l. É preciso ter material moderno, linhas bem equipadas e pessoal qualificad­o e motivado. O eterno dilema do serviço público, prestado a preços subsidiado­s, que não cobrem os custos de exploração, leva inevitavel­mente ao desequilíb­rio financeiro.

É preciso quebrar o tabu e falar de privatizaç­ão/concessão. Um caderno de encargos bem estudado, com critérios de serviço transparen­tes e bem definidos não assusta ninguém. Será que os cidadãos aceitam ficar mal servidos por questões ideológica­s?

O modelo TAP não serve para a CP? O que certamente não serve os portuguese­s é um dia sem comboios e sem transporte­s alternativ­os.

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