Pouca terra... Pouca terra...
Hoje não há comboios. Nem há serviços mínimos. Só na área metropolitana de Lisboa dois milhões de pessoas serão afetadas. Serão muitas mais por todo o País.
Os ferroviários acusam o Governo de não cumprir o que ficou acordado em várias reuniões na CP, na EMEF e na Infraestruturas de Portugal.
Em 2017 a CP transportou mais de 122 milhões de passageiros e o preço dos bilhetes subiu 1,5%. Fechou o ano com 112 milhões de euros de prejuízo.
O transporte ferroviário é fundamental. É preciso ter material moderno, linhas bem equipadas e pessoal qualificado e motivado. O eterno dilema do serviço público, prestado a preços subsidiados, que não cobrem os custos de exploração, leva inevitavelmente ao desequilíbrio financeiro.
É preciso quebrar o tabu e falar de privatização/concessão. Um caderno de encargos bem estudado, com critérios de serviço transparentes e bem definidos não assusta ninguém. Será que os cidadãos aceitam ficar mal servidos por questões ideológicas?
O modelo TAP não serve para a CP? O que certamente não serve os portugueses é um dia sem comboios e sem transportes alternativos.