Nem tudo Xi levou
ABusiness Insider fez uma notícia sobre um momento embaraçoso do Presidente português durante a visita de Xi Jinping, dando a ideia de que o país quer desesperadamente o investimento chinês, numa altura em que este é questionado em Bruxelas.
Basta andar pelas ruas de uma qualquer localidade portuguesa para ver como a presença chinesa se vai impondo, entre restaurantes e muitas lojas. Mas essa é só a ponta do iceberg. O Estado chinês é dono ou tem participações de controlo no principal produtor de energia em Portugal, na rede que a distribui, no maior banco
PORTUGAL NÃO FOI TÃO LONGE QUANTO OS CHINESES QUERERIAM
privado, na maior seguradora ou no segundo maior grupo de saúde. É este o género de influência que Bruxelas não quer. Mas seria irresponsável da parte da Presidência e do Governo português não estreitar laços com um mercado tão importante como o chinês. E isso foi conseguido.
A verdade é que Portugal não foi tão longe quanto os chineses quereriam. Ao contrário da Grécia, não aderiu ao grande projecto económico e político de Xi Jinping: a nova rota da Seda. António Costa ficou-se por um memorando. Não foi contra Paris e Berlim, nem deixou de agradar a Pequim, que esperará pacientemente pelo próximo passo.