Correio da Manha

FARMÁCIA NO HOSPITAL BEATRIZ ÂNGELO, LOURES, PODE FECHAR A 2 DE ABRIL DE 2019 SE GOVERNO NÃO ALTERAR A LEI.

LEI r Revogação do decreto obriga a que o estabeleci­mento que funciona no Hospital Beatriz Ângelo feche as portas a 2 de abril de 2019 DADOS r Farmácia atende mais de 500 doentes diariament­e

- SÓNIA TRIGUEIRÃO

Vinte e duas mil pessoas assinaram a Iniciativa Legis lat iva de C idadão s ( I LC) para a manutenção e abertura de farmácias nas instalaçõe­s dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que aguarda o parecer da Comissão de Saúde do Parlamento. Em causa está a farmácia de venda ao público no Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures, que pode fechar a 2 de abril de 2019 se o Governo não alterar a lei. Mais de 500 doentes (cerca de 380 durante o dia e 120 à noite), são atendidos naquela farmácia diariament­e.

Na ILC, é lembrado que “existem locais em que a situação geográfica da farmácia de serviço em relação ao hospital onde foi ministrado o tratamento de urgência é bastante distante, inviabiliz­ando que se faça o percurso por via pedonal, sem que existam transporte­s públicos durante todo o período noturno”.

A situação vai ser discutida no Parlamento, no âmbito da Comissão de Saúde, mas os propo- nentes da ILC temem que a decisão seja negativa, porque não foi solicitada nenhuma informação adicional.

Do lado do Ministério da Saúde, as respostas são contraditó­rias. Em agosto, com Adalberto Campos Fernandes ainda como ministro, em resposta ao PAN foi referido que o eventual fim da farmácia “representa­ria uma efetiva perda de qualidade do serviço prestado pelo HBA e criaria inúmeros constrangi­mentos e inconveniê­ncias aos milhares de doentes ”.

Em outubro, respondend­o novamente ao PAN, o ministério da saúde, já com Marta Temido como ministra, lembrou que o decreto-lei de 2009, que permitia a manutenção destas farmácias, foi revogado em 2016, porque os “princípios do interesse público e da acessibili­dade que presidiram à implementa­ção da experiênci­a não foram efetivamen­te demonstrad­os” e que, por isso, “não será possível manter aberta aquela farmácia”.

NOVA MINISTRA ALTEROU PARECER DE ADALBERTO CAMPOS FERNANDES

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Iniciativa Legislativ­a de Cidadãos pela manutenção de farmácias nos hospitais, como a do Beatriz Ângelo, aguarda parecer da Comissão de Saúde do Parlamento

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