Ano judicial arranca com greves e protestos
LISBOA r Manifestação nacional de funcionários judiciais amanhã no Terreiro do Paço PARALISAÇÃO r Magistrados do Ministério Público marcam greve geral para dia 25 de fevereiro
Oano j udic ial arranc a amanhã debaixo de grande contestação no setor da Justiça. Quase todos os agentes exigem revisões nos estatutos e atualizações salariais, bem como uma melhoria de instalações e condições de trabalho. O Terreiro do Paço, em Lisboa, será amanhã palco de uma manifestação de funcionários judiciais; o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) marcou greve para fevereiro; e os juízes têm também um plano de greves aprovado.
JUÍZES TÊM PLANO DE GREVES QUE AVANÇA SE NÃO HOUVER ACORDO
“Esperamos uma grande concentração nacional com 3 mil pessoas para reclamar um novo estatuto dos oficiais de Justiça”, disse ao CM António Albuquerque, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, que espera que “as negociações com o Governo prossigam e se possa chegar a um acordo”.
O SMPP também está descontente com a revisão do estatuto dos magistrados do Ministério Público e marcou greve nacional para dia 25 de fevereiro, bem como greves parciais nos dias 26 e 27. A 26 de janeiro, o sindicato vai reunir-se para definir novas formas de luta.
Também os juízes reclamam um novo estatuto para cancelar os dias de greve já marcados até outubro. “Desejamos que se aprove o estatuto e o clima de crispação seja afastado. Temos um plano de greves aprovado mas o desejo é não o realizar. Estamos em conversações com o Ministério da Justiça, tem havido propostas e contrapropostas. Só aceitamos um acordo global para o estatuto”, disse ao CM Manuel Ramos Soares, presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses.