Correio da Manha

Cão abatido a tiro provoca revolta

CRIME r Animal foi morto depois de encontrar uma família protetora

- PAULA GONÇALVES

Kiko, um cão de caça com s e t e anos , e r a “p e le e osso” quando foi encontrado na aldeia de Cerquedo, Penacova. Quando finalmente recuperou, foi abatido a tiro. A família protetora, que o batizou com esse nome, está destroçada, denunciou o caso à GNR e pede justiça.

“Era um animal que já tinha sofrido muito. Andou de terra em terra a ser escorraçad­o por todos, cheio de fome, e agora que tinha alguém para lhe dar carinho mataram-no”, afirma, revoltada, Carla Silva, uma das protetoras.

O cão foi alvejado no passado dia 5, depois de acompanhar a mãe de Carla à horta. “O animal seguiu em frente para uma propriedad­e onde estavam outros cães a ladrar. Depois apareceu a cambalear e morreu à minha frente”, conta, vis ive lmente emocionada, Sabina Guimarães. A família alertou a GNR e o veterinári­o municipal, que recolheu o corpo para autópsia.

Só depois se confirmou que o animal, de raça podengo, tinha chip e desaparece­ra há três meses quando andava com o dono à caça. Sabe-se agora que o seu verdadeiro nome era Fidalgo. António Melo, um caçador da zona da Mealhada, diz que o procurou “por todo o lado”, sem o conseguir localizar. O proprietár­io do animal estranha ainda que se tenha afastado. Após te r sido informado da situação afirma ter ficado “naturalmen­te muito desgostoso”.

O processo está no Ministério Público para investigaç­ão. Está também a ser acompanhad­o pela associação de proteção animal Condeixa Patudos.

ANIMAL ERA “PELE E OSSO” QUANDO APARECEU NA ALDEIA DE CERQUEDO

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Carla Silva e a mãe, Sabina Guimarães, acolheram o animal na aldeia de Cerquedo, em Penacova

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