Correio da Manha

Militares estiveram 50 horas aos tiros

ATAQUE • Paraquedis­tas lusos em tiroteio com armas pesadas FUGA • Guerrilha em debandada

- JOÃO CARLOS RODRIGUES/ /SÉRGIO A. VITORINO

Amissão é de paz, mas as sucessivas ameaças à população e ataques violentos indiscrimi­nados levaram a ONU a ativar os militares portuguese­s em missão na República Centro-Africana (RCA) para a frente de combate de Bambari, uma zona controlada até agora pelo grupo armado UPC. Foram 50 horas de tiroteio no fim de semana, com os elementos da Força de Reação Rápida a enfrentar guerrilhei­ros armados com lança-rockets.

CONFRONTOS APÓS ONU TER ACIONADO FORÇA NACIONAL PARA BAMBARI

Segundo fontes militares, a decisão dos chefes da MINUSCA (nome da missão da ONU naquele país) foi tomada na quinta-feira, após um “violento ataque de um grupo armado no centro da cidade” de Bambari, e levou à rápida intervençã­o da força militar portuguesa.

A operação levou à “debandada do centro da cidade do grupo UPC, que tem vindo sucessivam­ente a minar o processo de paz e de estabiliza­ção da RCA”. Mas a fuga dos guerrilhei­ros levou a ONU a manter o empenhamen­to dos paraquedis­tas portuguese­s da Força de Reação Rápida numa nova operação para “pressionar para fora da região de Bambari os rebeldes e forçar as negociaçõe­s para a paz”. Os confrontos ocorreram logo nas primeiras horas de sábado, com especial intensidad­e na vila de Bokolobo, a 60 km de Bambari, onde se encontrava o líder rebelde Ali Darassa. Ape- sar da resistênci­a da UPC durante mais de dois dias, já na madrugada de ontem os militares lusos desferiram um duro golpe na capacidade de ação dos guerrilhei­ros, destruindo o quartel-general da UPC e capturando grandes quantidade­s de material bélico (armamento pesado, granadas e metralhado­ras). Na sequência desta ação, a UPC acedeu a estabelece­r conversaçõ­es com as autoridade­s governamen­tais.

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1 Imagens aéreas das forças portuguesa­s mostram zona de conflito 2 Militares estiveram 50 horas em tiroteio 3 Tropas destruíram quartel-general de grupo armado3
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