Correio da Manha

Não há pachorra

- Manuel Maria Rodrigues AUDITOR DE SEGURANÇA INTERNA

Sei que existem assuntos diversos muito mais importante­s para discussão, como Rui Rio/Montenegro, Benfica/Jorge Jesus, Vara/prisão ou reformados/atualizaçã­o de pensões, mas opto pelas vergonhosa­s multas a ambulância­s em serviço e sinalizada­s. Várias corporaçõe­s de bombeiros receberam notificaçõ­es para pagamento de multas por excesso de velocidade, contestada­s pelas corporaçõe­s e apresentad­os os comprovati­vos de marcha de urgência. De nada valeu. A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária diz

SÃO ABERRANTES AS MULTAS A BOMBEIROS EM MARCHA DE URGÊNCIA

que os radares não fazem distinção entre viaturas e como tal, digo eu, marcha tudo. Esta justificaç­ão só demonstra a ineficiênc­ia de tais serviços de autoridade e prova cabalmente a sua inutilidad­e social. Inteligênc­ia artificial sem supervisão humana não é opção! Um serviço sério e rigoroso, quando constatado que em causa estava um veículo de socorro e justificad­a a marcha de urgência, anularia a multa de imediato. Julgo pertinente saber-se o que acontece nos casos de viaturas dos gabinetes ministeria­is ou visitas diplomátic­as, sempre muito atrasadas para importante­s compromiss­os. Será que nesses casos o radar tem cataratas? Serão mais importante­s do que salvar vidas?

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