Hospitais precisam de 35 mil profissionais
Um retrato feito pelas Ordens profissionais dá conta de uma carência superior a 35 mil profissionais no Serviço Nacional de Saúde, entre eles médicos, enfermeiros e farmacêuticos.
“Se os médicos que existem atualmente no SNS deixassem de fazer horas extraordinárias, p o r que s up o s t a me n t e há clínicos sufi c i e n t e s , o serviço de Urgência provavelmente teria de fechar”, garante ao CM Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, sublinhando que faltam “cerca de 5500 clínicos no SNS”. Já Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), garante que Portugal está longe de ter bons indicadores na Saúde com tal carência de enfermeiros, assegurando que pelas contas da OE faltam cerca de 30 mil enfermeiros em Portugal. Nos primeiros dias do ano, o Governo anunciou a contratação de 450.
“É urgente que o Ministério da Saúde perceba que médicos especialistas e médicos internos não são a mesma coisa e não podem ser colocados todos no mesmo saco. As carências existem e têm de ser preenchidas”, alerta Miguel Guimarães. Também a Ordem dos Farmacêuticos apontava, em novembro, altura em que foi realizado o balanço das Ordens profissionais, para a falta de 140 profissionais nas farmácias hospitalares.
GOVERNO ANUNCIOU A CONTRATAÇÃO DE 450 ENFERMEIROS ESTE ANO