Correio da Manha

Santa Maria recebe voos à noite sem autorizaçã­o

ALERTA r Heliporto do hospital apenas tem certificaç­ão para operar durante o dia

- FRANCISCA GENÉSIO/ / SÓNIA TRIGUEIRÃO

Oheliporto do hospital de Santa Maria, em Lisboa, - o maior do País - tem rec e b ido vo o s no turno s de emergência médica, apesar de estar impedido de o fazer.

Uma das situações foi relatada ontem pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, que revelou ter sido helitransp­ortado, há seis meses, para esta unidade hospitalar. “Correu tudo muito bem, cheguei à noite a Santa Maria, sem nenhum p r o b l e ma” , disse.

Ao CM, fonte oficial da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) disse não ter conhecimen­to do caso, mas que “a confirmar-se, trata-se de uma situação ilegal”, uma vez que o heliporto do Hospital de Santa Maria apenas tem certificaç­ão para operar durante o dia, sublinhand­o que a operação noturna deste heliporto “não consta, nem nunca constou” do manual de operações. Em co- municado, o Centro Hospitalar Universitá­rio Lisboa Norte, do qual faz parte o Santa Maria, garante que “até novembro de 2018 os voos noturnos que aterraram na plataforma de aterragem foram autorizado­s pela Navegação Aérea de Portugal” e que a mesma “continuará disponível para receber doentes helitransp­ortados em situação crítica, 24 horas por dia”.

A lista de heliportos não certificad­os para receber aterragens noturnas inclui ainda os hospitais de Mirandela, dos Covões, Coimbra, de Tomar, Santarém, Garcia de Orta, Almada, e Dr. Nélio Mendonça, no Funchal (ver infografia). Já os heliportos dos hospitais de Guimarães e de Lamego, não estão certificad­os para receber voos.

Segundo a ANAC, a operação noturna depende da solicitaçã­o de utilização da infraestru­tura à noite, do cumpriment­o dos requisitos de sinalizaçã­o luminosa, e do cumpriment­o de requisitos.

GUIMARÃES E LAMEGO SEM QUALQUER CERTIFICAÇ­ÃO PARA RECEBER VOOS

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