PJ NA PISTA DO FC PORTO NO ASSALTO AO BENFICA
r POLÍCIA quer trazer computadores usados por Rui Pinto para Portugal r ATAQUE a escritório de advogados acelerou intervenção da Justiça
Rui Pinto, pirata informático que ontem foi detido na Hungria sob suspeita de ter acedido aos servidores do Benfica e vendido milhares de mails trocados pelos dirigentes encarnados, alguns deles com conversas que indiciam crimes de corrupção desportiva – algo que está a ser investigado noutro processo –, sempre esteve escondido em Budapeste, capital daquele país. A Polícia Judiciária fez a prova digital que liga o hacker de Vila Nova de Gaia, de 30 anos, ao roubo da informação – e tem em curso diligências cujo alvo é o FC Porto, sabe o CM, que está sob suspeita de ter sido comprador do material, por via direta ou indireta.
As suspeitas não são novas, até porque Francisco J. Marques, o diretor de comunicação do FC Porto, sempre teve acesso privilegiado aos mails do Benfica, que divulgou sem revelar a fonte. E há suspeitas, na investigação, de que a fonte, de forma direta ou indireta, foi Rui Pinto.
Este, através de terceiros, antes de vender a informação terá tentado extorquir os encarnados, para que pagassem no sentido de os mails não serem di- vulgados. De resto, é por essa iniciativa que o hacker está indiciado pelo crime de extorsão qualificada na forma tentada.
Agora, sabe o CM junto de fonte ligada ao Benfica, os dirigentes encarnados estão disponíveis para “esquecer” esse crime caso Rui Pinto denuncie a quem entregou os mails roubados.
Quanto aos outros crimes pelos quais responde são de acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo.
BENFICA NA DISPOSIÇÃO
DE PERDOAR CRIME CASO REVELE A QUEM VENDEU
FRANCISCO J. MARQUES,
DOS DRAGÕES, TEVE ACESSO PRIVILEGIADO