Homicida de bancária detido quando tiver alta dos médicos
HOSPITAL Ricardo Nunes continua internado e inconsciente em Santa Maria, mas não corre risco de vida CHOQUE Marido da Bárbara Varella Cid ainda não foi capaz de prestar declarações à PJ
Deu um tiro no queixo com a mesma pistola 6.35 mm que usou para matar a colega de trabalho que perseguia. Mas sobreviveu. Ricardo Nunes, o homicida do Taguspark, está internado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, inconsciente, mas fora de perigo. Será detido pela Polícia Judiciária quando receber alta médica e puder deixar o hospital.
Segundo o CM apurou, não há, para já, uma previsão de quando poderá ocorrer essa alta médica. Ricardo Nunes, de 43 anos, recorde-se, disparou sobre Bárbara Varella Cid, de 40, e
– depois de procurar o marido desta – voltou ao carro onde cometera o crime, virou a arma para si, encostou-a ao queixo e premiu o gatilho.
Quando recuperar a consciência, o homicida ficará sob vigilância policial, mas adetenção só será formalizada no dia em que puder deixar o hospital. Esta situação deve-se ao limite de 48 horas imposto pela lei para apresentar um arguido detido ao tribunal de instrução criminal. Caso esse prazo seja excedido, a detenção torna-se ilegal.
Por esclarecer estão ainda as motivações do homicídio cometido pelo funcionário da linha de apoio do Millennium BCP no parque de estacionamento junto às instalações do banco no Taguspark, em Oeiras, ao início da tarde de terça-feira.
De acordo com colegas de Bárbara, que trabalhava noutro departamento do banco, mas no mesmo edifício, Ricardo teria uma obsessão pela colega e perseguia-a há vários meses. Já teria havido ameaças de morte por não suportar a rejeição.
Já o marido da vítima ainda não prestou declarações aos inspetores da PJ. Está em estado de choque e recolhido em casa, junto com os filhos, de quatro e nove anos. O depoimento será fundamental para perceber as motivações do crime.
MOTIVAÇÕES DO CRIME AINDA NÃO ESTÃO
BEM ESCLARECIDAS