Correio da Manha

HOMEM VÍTIMA DE TERROR E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

VÍTIMA Técnico do INEM, de 41 anos, denuncia agressões e perseguiçã­o da ex-companheir­a. Diz que as queixas foram desvaloriz­adas pela PSP por ser homem

- DÉBORA CARVALHO

Tud o c o me ç o u quand o descobriu que a mulher tinha um amante. “Vi um SMS a dizer ‘amo-te’ e ela confessou. Recusei sair de casa e ela mudou drasticame­nte. Tornou-se agressiva. Torceu-me o braço e tentou dar-me um estalo. Depois, empurrou-me no elevador e bateu-me várias vezes com violência contra a porta de casa”, conta ao CM Pedro Estrella, de 41 anos. Mas

para o técnico do INEM, de licença sem vencimento, o pior tem sido o “terror psicológic­o”. “Ela tirou-me as chaves de casa e do carro, levou-me a carta de condução e o cartão de crédito, esvaziou a nossa conta bancária e até mandou cortar a luz do apartament­o”. Ao CM, a alegada agressora negou todas as acusações e recusou fazer mais comentário­s.

O casal mantinha uma relação há dez anos. Por medo e vergonha, Pedro não pediu logo ajuda. Quando o fez, depois de ter sido aconselhad­o por uma linha de apoio a vítimas de violência doméstica, sentiu-se humilhado. “Os agentes da PSP desvaloriz­aram-me imenso por ser homem. Ela ria-se por detrás deles e parecia uma rainha na esquadra. E eu, a vítima, tive de apresentar queixa na presença dela. Foi lamentável.” A conta conjunta no banco está a zeros e foi congelada. Pedro responsabi­liza a ex-companheir­a, especialis­ta informátic­a que trabalha para o Banco de Portugal. “É tudo muito e s tranho. A CGD não tem nenhum registo sobre quando e quem ordenou isso. Disseram-me que irão averiguar”.

AGRESSORA TRABALHA NA ÁREA DA INFORMÁTIC­A DO BANCO DE PORTUGAL

 ??  ?? 1Pedro Estrella apresentou queixa por violência doméstica há cerca de dois meses 2Vítima fotografou as agressões que terão sido feitas pela ex-mulher
1Pedro Estrella apresentou queixa por violência doméstica há cerca de dois meses 2Vítima fotografou as agressões que terão sido feitas pela ex-mulher
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Vítima assegura que ex-companheir­a continua a rondar a casa

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