1 EM CADA 7 PORTUGUESES TRABALHA NO ESTADO
DADOS Administração Pública tinha 690 494 trabalhadores em junho, menos 37 mil empregos do que em 2011 VALOR Salário base, em média, está nos 1482,5 euros, mais 1,2% do que há um ano
OEstado tem vindo a encolher. Ainda assim, do total da população empregada em Portugal, 14% trabalha para o Estado. O mesmo é dizer que um em casa sete trabalhadores é funcionário público.
Os números mais recentes foram publicados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Púbico (DGAEP) e mostram que, no final de junho, a Administração Pública contava com 690 494 postos de trabalho. Seis em casa dez funcionários públicos são mulheres.
Os números mostram ainda que há mais 15 261 empregos no Estado face a junho do ano pas
sado, o equivalente a um aumento de 2,3% homólogos.
Olhando para o passado, é possível concluir que ainda se sentem os efeitos da redução de pessoal imposta pela troika: face a dezembro de 2011, há menos 37 291 postos de trabalho. Isto apesar da subida de contratações que a Administração Pública, sobretudo no atual Governo, tem levado a cabo. Em quatro anos – de junho de 2015 a junho de 2019 – o Estado criou 35 732 empregos, quase metade deles no último ano.
No que toca aos salários, a remuneração base média mensal dos trabalhadores do Estado situava-se nos 1482,5 euros, mais 1,2% face ao mesmo mês de 2018. Segundo a DGAEP, a subida resulta essencialmente do aumento do salário mínimo fixado para a Função Pública, que cresceu este ano para os 635 euros mensais, “bem como do processo gradual de descongelamento de todas as carreiras”. Aliás, o impacto de ambas as medidas fez-se sobretudo sentir nos assistentes operacionais – uma das categorias mais baixas do Estado – em que a subida homóloga do vencimento base médio se ascendeu a 5%.
O ganho médio mensal– quando somados subsídios e suplementos – totalizou 1739,8 euros em abril, mais 1,5% face ao mesmo período de 2018.
SALÁRIO
MÍNIMO NOS 635 € E PROGRESSÃO AJUDARAM A ‘ENGORDAR’ SALÁRIOS