Correio da Manha

Monumento nacional na Sé de Castelo Branco

Igreja de São Miguel, atual imóvel de interesse público, vai ser reclassifi­cada Em 2004 foi descoberta uma necrópole medieval com 32 sepulturas em granito

- EDGAR NASCIMENTO* *COM LUSA

ADireção-Geral do Património Cultural (DGPC) iniciou ontem o processo de reclassifi­cação da Sé de Castelo Branco, imóvel de interesse público que deverá passar a ser monumento nacional.

O anúncio da abertura da reclassifi­cação, publicado em Diário da República, abrange a Igreja de São Miguel, também igreja matriz e sé catedral, e todo o património móvel que a integra. A consulta pública tem uma duração de 30 dias úteis.

EDIFÍCIO RELIGIOSO

TEM REFERÊNCIA­S QUE REMONTAM AO SÉCULO XIII

A Igreja de São Miguel (sé catedral de Castelo Branco), tem referência­s documentai­s conhecidas desde o século XIII, com particular interesse ao refletir todo um percurso religioso e patrimonia­l de mais de oito séculos.

Esse percurso está documentad­o pelas várias inscrições patentes na nave da igreja, alusivas às diferentes campanhas arquitetón­icas de que hoje subsistem maioritari­amente testemunho­s barrocos e rococós, muito embora seja possível identifica­r vestígios da estrutura quinhentis­ta no arco cruzeiro ou mesmo de épocas anteriores.

No decorrer de obras de recuperaçã­o do imóvel, em março de 2004, foi descoberta uma necrópole medieval na zona exterior junto à cabeceira da igreja, com 32 sepulturas antropomór­ficas, em granito (que conservam as ossadas em bom estado), muito possivelme­nte dos séculos XIV ou XV.

Com a elevação de Castelo

Branco a diocese, em 1771 (até 1882 quando foi anexada à Diocese de Portalegre), a Igreja de São Miguel tornou-se catedral, benefician­do das obras, de inícios do século XVI, que haviam destruído quase na totalidade os vestígios da estrutura medieval original.

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A Sé de Castelo Branco tem cerca de 800 anos e é um ex-líbris da cidade da Beira Baixa

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